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Premiado em Cannes, filme brasileiro com Fernanda Montenegro, baseado em livro de Martha Batalha, está na Netflix Divulgação / Vitrine Filmes

Premiado em Cannes, filme brasileiro com Fernanda Montenegro, baseado em livro de Martha Batalha, está na Netflix

No efervescente cenário do Rio de Janeiro nos anos 1950, onde os destinos femininos eram frequentemente traçados à revelia de seus próprios desejos, “A Vida Invisível” é como um relato cortante sobre silenciamento, separação e resistência. Karim Aïnouz transforma a história de duas irmãs, Eurídice e Guida, em uma experiência que extrapola o melodrama e se torna um retrato vívido da opressão patriarcal e da irreversibilidade de certos desencontros. A narrativa não se contenta em apenas contar a tragédia dessas mulheres; ela a esculpe com precisão, explorando nuances emocionais e visuais que potencializam a força de sua denúncia.

Um filme que parece abraço, conversa boa e saudade de quem você nem conheceu — está na Netflix Divulgação / Pandastorm Pictures

Um filme que parece abraço, conversa boa e saudade de quem você nem conheceu — está na Netflix

A partir da estrutura desgastada da comédia romântica, o filme constrói algo mais sutil e emocionalmente honesto. Em vez de correr para o clímax esperado, aposta em silêncios, pausas, jogos de linguagem e afetos retidos. O foco não está no “felizes para sempre”, mas no desconforto de se olhar no espelho quando as máscaras caem. Um encontro improvável vira espaço de escuta, onde a intimidade se revela sem alarde — mas com precisão cirúrgica.

Todos deveriam ver. O ganhador do Oscar acaba de chegar à Netflix — e não é pelos prêmios, mas pelo que permanece depois Divulgação / Melampo Cinematografica

Todos deveriam ver. O ganhador do Oscar acaba de chegar à Netflix — e não é pelos prêmios, mas pelo que permanece depois

Recusando o realismo convencional das narrativas de guerra, “A Vida É Bela” reinventa o afeto como forma radical de resistência. Ao transformar o horror em jogo e a dor em farsa cuidadosamente orquestrada, ele constrói um espaço onde o amor paterno atua como escudo contra a destruição. Em vez de ceder à lógica da brutalidade, aposta na fantasia como último refúgio possível — e, paradoxalmente, o mais lúcido.

5 dias. Zero cortes. Milhões de fãs. A série que está sendo chamada de a melhor do ano chegou à Netflix Divulgação / Netflix

5 dias. Zero cortes. Milhões de fãs. A série que está sendo chamada de a melhor do ano chegou à Netflix

Na aparente tranquilidade do interior inglês, um crime cometido por um adolescente implode os vínculos de uma família comum. “Adolescência” desarma qualquer expectativa de redenção ou ternura fácil ao explorar, com rigor emocional e desconforto preciso, os limites da empatia e o abismo entre pais e filhos quando o amor não basta para conter o inominável — e onde a verdade se impõe como punição, não como alívio.

Nietzsche teria chamado isso de tragédia moderna. Você chama de ficção científica. Último dia na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Nietzsche teria chamado isso de tragédia moderna. Você chama de ficção científica. Último dia na Netflix

Longe de buscar reinvenções forçadas, “Star Trek: Sem Fronteiras” aposta na solidez de seu universo e no carisma de seus personagens para sustentar uma aventura de ritmo preciso e visual arrojado. Justin Lin conduz a narrativa com energia e reverência, atualizando os dilemas clássicos da franquia sem sacrificar sua essência. O resultado é uma jornada que respeita o legado, mas sabe onde ainda pode provocar e surpreender com autenticidade.