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O que torna “A Bruxa” (2015) tão assustador é sua atualidade. Em seu primeiro longa-metragem, Robert Eggers já é capaz de inserir o público em sua narrativa, repleta de elementos fantásticos e alegorias que remetem à condição da mulher ainda hoje, passados quatro séculos do tempo da história. Atento aos tantos detalhes, o que imprime a seu trabalho o aspecto das grandes telas de gênios como o pintor holandês Johannes Vermeer, e sem se esquecer de que se trata de cinema, o que Eggers faz é um híbrido dos dois, o que encanta o espectador cena após cena.

Alguns filmes contam histórias tão fortes e comoventes que nos fazem repensar a forma como temos vivido, como vemos algumas situações, como encaramos a vida. O mais surpreendente, é que muitas dessas produções se baseiam ou adaptam fatos reais, experiências de outras pessoas tão inimagináveis e chocantes que nos inspiram a valorizar a vida que temos.

É tolice querer tomar a produção alemã “Céu Vermelho-Sangue” ou como o típico filme de terror ou como uma crítica de fundo social calcada no ímpeto de pulverizar preconceitos religiosos. O filme de Peter Thorwarth não é nem uma coisa nem outra, compondo uma terceira possibilidade, que poderia se aproximar de uma trama em que os dois aspectos vão adquirindo igual relevância — sem deixar de fazer menção às dificuldades muito particulares de uma mãe solteira jovem no relacionamento com seu filho.

Se você ainda não se programou para o fim de semana e está em busca de uma boa razão para não deixar o conforto do seu lar, a Revista Bula te dá dez. Nesta lista, filmaços que acabaram de estrear na Netflix e que vão ocupar suas horas de descanso com muita qualidade e emoção. Não deixe de conferir essas produções que valem seu tempo.