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Se o amor acaba, não era amor, conjecturou o mestre Nelson Rodrigues. Quisera as coisas fossem simples assim. O amor pode até não acabar, mas morre e vagueia, como um fantasma, sobre as vidas de um homem e uma mulher, em “Blue Valentine”, fazendo com que esse casal permaneça junto, ainda que nem saiba mais por quê. O diretor Derek Cianfrance expõe em seu filme uma das tantas razões que explicam o desfecho triste de um casamento que começa pleno da euforia que cerca a descoberta do amor. Mas casamentos são bem mais que isso.

Remanescente de um outro tempo, em que o cinema era outra coisa — sobretudo o cinema de terror —, “A Hora do Espanto” caminha com desenvoltura entre o trash e o sofisticado. O filme do veterano Tom Holland é referência para diretores contemporâneos justamente por não se valer de nada muito especial para contar sua história, nem um pouco protocolar, sobre vampiros às voltas com um adolescente bisbilhoteiro que, embora nunca deixem transparecer, os ameaça.

Rotten Tomatoes, Vulture, New York Times e iMDB, já publicaram suas projeções para as indicações ao Oscar 2022, na categoria de Melhor Filme. A entrega dos prêmios acontecerá na última semana de março. A Netflix emplacou três filmes nas listas de projeção: “A Filha Perdida” (2021), de Maggie Gyllenhaal; “Não Olhe para Cima” (2021), de Adam McKay, e “Tick, Tick… Boom!” (2021), de Lin-Manuel Miranda.

O cinema tem seus meninos endiabrados de estimação, mas sempre haverá um lugarzinho a mais na lista, especialmente quando se trata do protagonista de um filme comparável aos grandes ícones do cinema moderno. É o caso do protagonista de “Güeros”, do mexicano Alonso Ruizpalacios, que começa por se desdobrar sobre a vida torta de um garoto do litoral do México e termina na capital, falando de assuntos aparentemente distintos, mas que têm tudo a ver com o mote inicial, as mudanças pelas quais a vida nos obriga a passar.