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Suspense agonizante da Netflix te levará para dentro dele e fará 95 minutos parecerem o resto de sua vida Jessica Kourkounis / Netflix

Suspense agonizante da Netflix te levará para dentro dele e fará 95 minutos parecerem o resto de sua vida

Poucas coisas no mundo podem ser mais doloridas para uma mãe que perder um filho. Uma delas decerto é passar anos a fio sem saber se esse filho, sumido repentinamente e sem explicação, ainda está vivo, e por onde começar uma busca tão penosa quão imprevisível, mas que se revela tão fundamental quanto o ar que se respira. Famosa por trabalhos de não-ficção, a cineasta Liz Garbus se mostra uma boa diretora de filmes dramáticos, como se assiste em “Lost Girls: Os Crimes de Long Island”, uma trama de mistério que conquista pela tristeza de sua protagonista.

O thriller pós-apocalíptico com Denzel Washington, na Netflix, que você deveria assistir duas vezes Divulgação / Sony Pictures

O thriller pós-apocalíptico com Denzel Washington, na Netflix, que você deveria assistir duas vezes

O medo serve ao homem como um mecanismo de freios morais: quanto mais se receia por algum castigo, mais se evita afrontar o sistema. Os irmãos Albert e Allen Hughes destacam a natureza cacotópica de “O Livro de Eli”, uma história digna de registro por insinuar um mundo em que a indiferença por princípios éticos mais do que desejável, é obrigatória. Os diretores fazem de seu filme um elogio à bravura, ainda que homens como o protagonista sejam tão raros e quase nunca se saiam bem em suas missões.

Tão brutal quanto bonito, filme de amor da Netflix é diabolicamente provocante e inteligente Dominic Miller / Netflix

Tão brutal quanto bonito, filme de amor da Netflix é diabolicamente provocante e inteligente

Que artistas são sensíveis demais não é novidade para ninguém — e que bom que o sejam. O problema é levar o personagem para a cama, e pior, passar por cima de sentimentos alheios para fazer com que apenas seus próprios desejos tenham valor, postura que abaliza uma imaturidade patológica e degringola em ufania, egolatria, paranoia. Sam Levinson disseca a vida íntima de um diretor de cinema que desponta para o estrelato e sua frágil namorada em “Malcolm & Marie”, especialmente atento ao que vem a ser o sucesso quando não se está preparado para ele.