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Como Roberto Bolaño nos ajuda a escapar da violência

Como Roberto Bolaño nos ajuda a escapar da violência

A breve vida de Roberto Bolaño rendeu um arquivo literário de impressionar e alimentar os leitores e as leitoras pelo mundo. Após sua morte aos 50 anos de idade, a família do autor desengavetou escritos de um armário que parece não ter fim, dada a quantidade de obras. Neste ano, o público brasileiro pode conhecer o lado poeta, com a edição da coletânea “A Universidade Desconhecida”, lançada postumamente em 2007. Se a face do prosador assombra, o lado poético derruba o queixo de todos.

A história de Hannah Arendt e Günther Anders

A história de Hannah Arendt e Günther Anders

Em algum momento dos anos 1930, um casal de judeus senta-se na mesa de sua casa na Alemanha para saborear cerejas e apenas conversar. Não há filhos por perto. O papo rondava por dúvidas filosóficas — ambos haviam sido alunos de Martin Heidegger, o mestre supremo do pensamento na época. Ele se chama Günther Stern, e ela é ninguém menos do que Hannah Arendt. O casamento começara em 1929 e duraria oito anos, havendo o divórcio já na vida de exilados nos Estados Unidos.

A distopia tragicômica de um Brasil imbrochável

A distopia tragicômica de um Brasil imbrochável

O problema de toda distopia é que ela sempre será a utopia de alguém. Muitas pessoas não estão preparadas para discutir isso. É compreensível, considerando que esse tipo de assunto pode abalar estruturas emocionais e intelectuais construídas ao longo de anos ou mesmo décadas. Revelam que não somos tão empáticos quanto pensamos que somos ou gostamos de vender que somos. A melhor forma de ilustrar essa situação inconveniente é partindo de exemplos extremos.

Literatura e direitos indígenas em novo romance de Frei Betto Divulgação / freibetto.org

Literatura e direitos indígenas em novo romance de Frei Betto

“Tom Vermelho do Verde” (Rocco, 2022), oitavo romance de Frei Betto, é baseado em eventos históricos. Romances históricos costumam ter cada vez mais apelo comercial, uma vez que acumulam dupla função: a de entreter e a de informar. Além disso, o romance histórico contemporâneo propõe, na maioria das vezes, um ponto de vista periférico, isto é, uma história paralela aquela proposta pela historiografia oficial