Dizem que a internet está prestes a aniquilar os livros físicos. Mas, espere! A realidade é que o número de fanáticos por livros está aumentando exponencialmente. Parece que o fascínio literário provoca sintomas parecidos com os de uma abstinência de café superdimensionada. Aqui está uma lista bem-humorada e (pasme!) fundamentada na realidade sobre dez hábitos típicos dos verdadeiros bibliófilos.
Milan Kundera (1929-2023) é um escritor poderoso, mas a fama, que não cultivava, parece tê-lo prejudicado de alguma maneira. Se tivesse se tornado um escritor cult, de nichos culturais, talvez a Academia Sueca tivesse lhe concedido o Prêmio Nobel de Literatura. “A Insustentável Leveza do Ser”, um romance magnífico, o pôs na crista da onda. Ganhou dinheiro, o livro foi adaptado para o cinema, com sucesso. Mas talvez não lhe tenha dado respeitabilidade.
Essa lista cuidadosamente elaborada abrange quase dois séculos de literatura, com obras de 10 nacionalidades diferentes. Se você leu ao menos três livros desta seleção, considere-se um super leitor. Explore tanto os clássicos, como Nikolai Gogol e Anton Tchekhov, quanto os autores contemporâneos, como María José Ferrada e Amílcar Bettega Barbosa, e descubra a diversidade e o vasto mundo da literatura.
O amante de livros, ao compreender e partilhar os encantos da leitura, exibe sinais inconfundíveis de sua paixão: é visto constantemente aspirando o aroma dos livros, contorcendo-se em curiosidade para desvendar o título na mão de um estranho em público, perdendo-se em horas infinitas entre livrarias e sebos, adquirindo mais volumes do que poderia ler em uma vida. Encontra-se dividido entre a estima pelo livro físico e a conveniência do e-reader, e independente de sua escolha, carrega consigo a sensação de traição.
Numa época infestada de ideias imaturas sobre ciências e tecnológica, sobre a interface misticismo e racionalismo, onde a alquimia e a confecção de autômatos pareciam grandes eventos ligados à metafisica da criação e da reprodução, pelo homem, da obra divina, “O Homem de Areia” parece o elogio do estudo profundo e terrível destes elementos e de sua influência nas atitudes e opiniões humanas.