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Paris, Texas, de Wim Wenders, e a crise da arte de contar histórias Divulgação / Argos Films

Paris, Texas, de Wim Wenders, e a crise da arte de contar histórias

Um homem solitário caminha pelo deserto, envolto em mistérios e silêncio. Seu retorno à civilização marca o início de uma jornada de redescoberta familiar e pessoal. Com um cenário árido que contrasta com as memórias vibrantes de seu passado, a narrativa constrói uma reflexão profunda sobre o que significa pertencer a um lugar ou a uma pessoa. O vazio emocional dos personagens é transmitido por um cenário que tanto os abriga quanto os distancia. À medida que o protagonista avança, o espectador mergulha em uma obra que transcende o tempo e o espaço, mesclando drama, silêncio e uma trilha sonora minimalista que amplifica o sentimento de perda e saudade.

James Joyce e Dublinenses: uma bula para o contista moderno

James Joyce e Dublinenses: uma bula para o contista moderno

James Joyce é amplamente reconhecido como um dos autores mais influentes da literatura moderna. Suas obras revolucionaram o modo de contar histórias, explorando a profundidade emocional e a complexidade psicológica dos personagens. Ao examinar a vida cotidiana e transcender o contexto local, Joyce criou uma nova forma de narrativa, que moldaria o gênero para as gerações futuras. Sua precisão técnica e a riqueza filosófica elevam seus textos a um nível de excelência que até hoje permanece como referência. Ler Joyce é se deparar com um escritor que redefiniu os limites da ficção.

Os Irmãos Karamázov: as angústias de Dostoiévski entre a fé e a moralidade

Os Irmãos Karamázov: as angústias de Dostoiévski entre a fé e a moralidade

A obra de Dostoiévski traz à tona uma das mais profundas reflexões sobre a condição humana, transitando entre os dilemas morais, espirituais e existenciais que permeiam nossa sociedade até hoje. Com personagens complexos e intensamente construídos, o autor nos convida a mergulhar em questões universais, como a fé, o bem e o mal, e a busca por sentido em um mundo marcado pelo sofrimento. O enredo revela uma trama densa, repleta de conflitos familiares e filosóficos que ecoam através do tempo. Através de uma narrativa rica e multifacetada, somos levados a confrontar a essência da alma humana.

Fup, de Jim Dodge

Fup, de Jim Dodge

Uma narrativa inesperada e repleta de absurdos que mistura humor negro, criatividade surreal e personagens icônicos. Com toques de filosofia e uma crítica velada à relação entre humanos e animais, a história apresenta situações inusitadas e um vilão incomum. No centro, um velho ranzinza e seu neto distraído, acompanhados por uma figura inusitada que transforma suas vidas. A obra explora a efemeridade da vida, mesclando sorte, mistério e reviravoltas surpreendentes em uma trama ácida e divertidíssima.

As Ondas: a expressão máxima do gênio de Virginia Woolf

As Ondas: a expressão máxima do gênio de Virginia Woolf

“As Ondas”, de Virgínia Woolf, é uma experiência literária singular, desafiando as convenções da prosa tradicional e oferecendo uma meditação poética sobre o tempo, a memória e a morte. Através de monólogos interiores, Woolf constrói um mosaico coletivo da consciência humana, onde cada personagem reflete as complexidades e contradições da vida. Longe de uma simples narrativa, o romance se apresenta como uma sinfonia de vozes que se entrelaçam, explorando as marés emocionais e psicológicas da condição humana.