Inspirado em Stanley Kubrick e Francis Ford Coppola, ficção científica com Brad Pitt é diamante para os olhos na Netflix
Gray e o corroteirista Ethan Gross moldam um protagonista cheio de paradoxos: um explorador do desconhecido que carrega consigo o fardo de uma humanidade excruciante. Diferente de Mark Watney, o otimista sobrevivente de Matt Damon em “Perdido em Marte”, McBride é guiado por uma determinação fria e pragmática, mas que, a cada passo, revela suas fragilidades mais profundas. Pitt interpreta essa dualidade com maestria, oscilando entre o controle quase sobre-humano e momentos de vulnerabilidade desarmante. Enquanto isso, Gray conduz a narrativa com equilíbrio, evitando cair em sentimentalismos fáceis, mas sem deixar de imprimir à trama uma dimensão emocional poderosa.