O carisma de um personagem colabora muito para sua aceitação junto ao público, bem como para que se compreendam suas pequenas e grandes tragédias íntimas. O diretor Malik Vitthal faz de “Sonhos Imperiais” a ponte entre um mocinho quase irreal e a vida como ela é, priorizando a vontade da única pessoa que importa para que sua história tenha um final feliz.
Geralmente, quando se pensa em comédia romântica, se pensa em filmes bobinhos, para passar tempo, que não acrescentam realmente muita coisa na sua vida, além de uma hora e meia ou duas de sorrisos bobos. Mas não é bem assim, muitos roteiristas inteligentes têm se unido a equipes técnicas de qualidade para criar produções criativas e tratam de temas importantes e atuais para a sociedade.
Há muito que faroestes deixaram de ser filmes apreciados apenas ou majoritariamente por americanos e caíram no gosto de parcelas as mais diversas do público do mundo todo. “A Salvação”, do diretor dinamarquês Kristian Levring, centra o eixo de sua história na figura de um forasteiro que entende logo que a América não é para principiantes, e faz questão de deixar claro que não quer ser visto como maior do que é.
Existem vários tipos de corações partidos. Nem todos foram provocados por um romance mal sucedido. Alguns são frutos de frustrações; outros, de perdas e lutos; e, também, há aqueles que simplesmente ainda não encontraram um motivo para ser feliz. Não descobriram seu lugar no mundo. Todos os corações partidos têm histórias e todas são relevantes. Mas, se você quer encontrar o caminho para a cura, é melhor começar a confrontar seus medos.
Do jeito que a coisa vai, assistir a filmes como “Aniquilação” serve para que, no mínimo, nos preparemos com um pouco mais de calma, num exercício entre narcísico e masoquista, para o fim dos tempos, o fim merecido da espécie humana, do homem que sabe que sabe e insiste em fingir não saber. Alex Garland usa o argumento da destruição da natureza, que se vinga, para dar esse alerta. Ainda que possa ser tarde demais.
