Tão brutal quanto bonito, filme de amor da Netflix é diabolicamente provocante e inteligente
Que artistas são sensíveis demais não é novidade para ninguém — e que bom que o sejam. O problema é levar o personagem para a cama, e pior, passar por cima de sentimentos alheios para fazer com que apenas seus próprios desejos tenham valor, postura que abaliza uma imaturidade patológica e degringola em ufania, egolatria, paranoia. Sam Levinson disseca a vida íntima de um diretor de cinema que desponta para o estrelato e sua frágil namorada em “Malcolm & Marie”, especialmente atento ao que vem a ser o sucesso quando não se está preparado para ele.