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Um filme que parece abraço, conversa boa e saudade de quem você nem conheceu — está na Netflix Divulgação / Pandastorm Pictures

Um filme que parece abraço, conversa boa e saudade de quem você nem conheceu — está na Netflix

A partir da estrutura desgastada da comédia romântica, o filme constrói algo mais sutil e emocionalmente honesto. Em vez de correr para o clímax esperado, aposta em silêncios, pausas, jogos de linguagem e afetos retidos. O foco não está no “felizes para sempre”, mas no desconforto de se olhar no espelho quando as máscaras caem. Um encontro improvável vira espaço de escuta, onde a intimidade se revela sem alarde — mas com precisão cirúrgica.

Todos deveriam ver. O ganhador do Oscar acaba de chegar à Netflix — e não é pelos prêmios, mas pelo que permanece depois Divulgação / Melampo Cinematografica

Todos deveriam ver. O ganhador do Oscar acaba de chegar à Netflix — e não é pelos prêmios, mas pelo que permanece depois

Recusando o realismo convencional das narrativas de guerra, “A Vida É Bela” reinventa o afeto como forma radical de resistência. Ao transformar o horror em jogo e a dor em farsa cuidadosamente orquestrada, ele constrói um espaço onde o amor paterno atua como escudo contra a destruição. Em vez de ceder à lógica da brutalidade, aposta na fantasia como último refúgio possível — e, paradoxalmente, o mais lúcido.

Acaba de chegar ao Prime Video o filme que venceu o Oscar 2025. E que permanece com você Divulgação / Synapse Distribution

Acaba de chegar ao Prime Video o filme que venceu o Oscar 2025. E que permanece com você

Num território onde o tempo é refém da violência e a sobrevivência exige mais do que resistência, quatro cineastas recusam-se a aceitar o silêncio como resposta. Ao documentar a destruição sistemática de aldeias palestinas no sul da Cisjordânia, transformam o filme em denúncia urgente. Mais que relato, trata-se de um confronto direto com a lógica de ocupação que avança sob a indiferença do mundo.

Nietzsche teria chamado isso de tragédia moderna. Você chama de ficção científica. Último dia na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

Nietzsche teria chamado isso de tragédia moderna. Você chama de ficção científica. Último dia na Netflix

Longe de buscar reinvenções forçadas, “Star Trek: Sem Fronteiras” aposta na solidez de seu universo e no carisma de seus personagens para sustentar uma aventura de ritmo preciso e visual arrojado. Justin Lin conduz a narrativa com energia e reverência, atualizando os dilemas clássicos da franquia sem sacrificar sua essência. O resultado é uma jornada que respeita o legado, mas sabe onde ainda pode provocar e surpreender com autenticidade.

100 milhões assistiram nos cinemas. Agora é o último dia para ver na Netflix Divulgação / Paramount Pictures

100 milhões assistiram nos cinemas. Agora é o último dia para ver na Netflix

Num universo em que a fidelidade ao passado se confunde com a hesitação em ousar, “Além da Escuridão” relança a mítica nave Enterprise não para explorar novos mundos, mas para revisitar antigos dilemas sob luzes mais brilhantes e efeitos de precisão impecável. J. J. Abrams transforma a memória em espetáculo visual, onde o conflito entre inovação e reverência dita o ritmo de uma aventura que prefere evocar do que reinventar — e nem por isso deixa de seduzir.