Crônica

Tristeza é vírus. Tome uma vacina

Tristeza é vírus. Tome uma vacina

Piolho pega, bocejo pega, conjuntivite idem e euforia às vezes nos  contagia (sobretudo durante o carnaval). A tristeza também não foge à regra. Ela manda seu recado, em sussurros, dirigido aos desatentos indivíduos deste século. Mas pega mal ficar triste. “Maior caô”, “pagação de mico” entoa a galera lá do alto da exuberância dos seus vinte e poucos anos. Ficar xoxo, amuado, macambúzio, lamuriento não combina com a alegria prozac, nem com a metáfora da cocaína atitudinal, refletida nos tempos modernos.

Relaxa e rouba

Relaxa e rouba

Juro que li isto nos anúncios classificados de um jornal: Político safado procura parceiros para um esquema, sem compromisso emocional, só financeiro. Adoro realizar fantasias, principalmente, as minhas: eleger-me senador da república, bancar silicone para as amantes, morar numa cobertura à beira da praia, comprar um loft defronte ao Central Park, andar de jatinho, rir da cara do povo enquanto tomo capuccino num café em Paris.