Crônica

Previsões previsíveis para 2025

Previsões previsíveis para 2025

Final de ano é aquela época em que todos aproveitam para relembrar momentos, traçar metas e, claro, arriscar algumas previsões para o futuro. Apesar de sabermos que vamos errar a maioria delas, não conseguimos evitar — é quase uma tradição! Em 2025, as expectativas são altas, com cenários imprevisíveis e tendências malucas. Por isso, entre apostas ousadas e situações hilárias, resolvi fazer as minhas previsões. Lembre-se: rir é permitido, cobrar, não!

O que eu lhe desejo de bom para o ano novo ainda não foi desejado

O que eu lhe desejo de bom para o ano novo ainda não foi desejado

O que mais poderia requerer de bem para um novo ano que se avizinha? Desejar o que ainda não foi desejado, por suposto. A felicidade é um sentimento relativo. O fazer-se de vivo das pedras. O fazer-se de morto das feras. Desconsiderando a enfática falta de empatia das criaturas sem sentimentalidades, há quem garanta que as plantas sentem, pressentem e até mesmo se apoquentam com as pessoas. Sob amor zeloso, florescem.

Ficção científica

Ficção científica

Brasil, ano de 2064. A situação do país continua a mesma de sempre, o Brasil continua sendo o país do futuro, mas o futuro nunca chega. As autoridades brasileiras, preocupadas com a situação do país convocam uma enorme reunião para tentar tirar alguma ideia para o Brasil enfim decolar. A reunião conta com representantes dos três poderes, dos sindicatos, dos patrões e de todas as pessoas pensantes do país, mas não se consegue chegar a um consenso.

Felicidade interna bruta

Felicidade interna bruta

Felicidade é ter alta hospitalar e ser recebido em casa pelo cachorro. É descer o morro lambendo um sorvete tipo americano sem ser alvejado por uma bala perdida. Felicidade é a dádiva de quitar uma dívida impagável. É ter a sorte memorável de encontrar a sua alma gêmea sem sequer ter jogado na loteria.

Se a vida lhe der um tombo, aproveita para fazer um duplo twist carpado

Se a vida lhe der um tombo, aproveita para fazer um duplo twist carpado

Eram tempos de servidão à obstetrícia. Atendia uma gestante cujo útero tinha o tamanho de uma fruta de lobeira. Consultava-se comigo há anos, desde os tempos de solteirice. Estava acompanhada por um homem de meia idade que, à primeira vista, supus fosse o marido. Tinha um semblante familiar. Enquanto examinava a grávida e o concepto que crescia feito um coró nas suas entranhas, fiz um exercício mental hercúleo para me lembrar quem era o dito-cujo. De alguma maneira, a presença dele no consultório me incomodava.