Crônica

Adeus, sua majestade!

Adeus, sua majestade!

No Casseta & Planeta nós sempre recebemos convidados para gravar com a gente. Além de chamar mais público para o programa, era legal bater papo nos bastidores e depois contracenar com os famosos. E, principalmente, era uma boa chance de se conseguir fotos exclusivas ao lado de gente famosa sem ter que empurrar as pessoas em volta ou encher o saco do astro.

Anotai as metas para o ano novo nas pétalas de uma rosa

Anotai as metas para o ano novo nas pétalas de uma rosa

Reza assim o meu canteiro, ainda a ser cultivado — se tudo correr bem, será por mim beatificado: Metas para o ano que se inicia. Salvar um leão por dia. Matar a saudade com requintes de humanismo. Nadar, nadar, nadar e renascer numa praia, como um homem livre. Ler um livro de poesia por mês. Entregar amor no atacado. Comer o pão que a vovó amassou. Afundar uma nova igreja, com as bênçãos de Deus. Deificar o sol, num rompante saudosista; vê-lo nascer quadrado na janela do quarto da moça que ressona ao meu lado. Morrermos felizes para sempre, como o trema

Minha vida na informática

Minha vida na informática

Eu me lembro da primeira vez que usei um computador. Foi na faculdade, em 1978, eu acho. Não existia essa parada de computador pessoal. A gente usava o mainframe da universidade, que era um troço gigante, provavelmente com um processador menor que um iphone. Tinha que se perfurar os cartões numas máquinas e depois a gente pegava a pilha de cartões e entrava na fila da leitora de cartões.

Feliz natal, estranho

Feliz natal, estranho

Doutor Elias era um médico popular viciado em livros de romance e em emergências. Certa feita, durante um plantão no dia de Natal, caminhava pelo corredor apinhado de gente quando parou para conferir mais uma vez a respiração de um grandalhão que aguardava a sua vez para fazer radiografias. Ossos quebrados, sabem como é. Enquanto checava o moribundo embriagado que dormitava, a despeito da leva de costelas partidas, foi interceptado por uma criança que puxou o seu jaleco pela parte detrás.

Receita poética para se descobrir o Amor de Ano Novo

Receita poética para se descobrir o Amor de Ano Novo

Para tal descoberta mágica e lúdica do Amor de Ano Novo, recomendar-se-á ao Leitor(a) que providencie os elementos primordiais da convivência cordial, para conjugação dos espíritos geminados, plenos de pujança de saúde e probabilidade de realizações múltiplas de ordem sentimental. Destarte, eis o inventário das matérias-primas a ser adquirido pelo público leitor desta crônica de réveillon, mal-assinada por um romântico convicto e incurável, mui adepto da arte de Eros, Vênus, Santo Antônio, Cupido e Afrodite.