Crônica

A inteligência artificial do ano

A inteligência artificial do ano

Fim de ano chegando e a gente se depara com várias listas de melhores do ano, melhores livros, séries, atores, retrospectiva do ano, fato do ano, palavra do ano e etcétera do ano. Em todas as listas, sejam quais forem, de alguma maneira a Inteligência Artificial é citada. As vezes até pedem para ela fazer a lista. Realmente não teve para ninguém, a IA dominou o ano de 2023 e dentre as Inteligências Artificiais, o ChatGPT foi o campeão de citações.

Entrando em cana com o Papai Noel

Entrando em cana com o Papai Noel

Se eu contar vocês não vão acreditar. Justamente, por isso, eu vou contar. Conheci um sujeito que fazia bicos como Papai Noel. Pançudo, sorridente, bochechas rosadas e gentil feito o diabo. Há sete anos, ele enfrentava cerca de dois mil quilômetros de estrada, da sua cidade até aqui, para permanecer durante todo o mês de dezembro se revezando com outros dois indivíduos no papel do bom velhinho, num suntuoso shopping center da capital.

Um conto de Natal

Um conto de Natal

O filho mais novo acredita em Papai Noel. O filho do meio acredita que vai ganhar um videogame de última geração de presente. O filho mais velho acredita que vai conseguir sair cedo da ceia para encontrar a namorada. A mãe acredita que tem que encher todos os pratos da ceia de uvas-passas.

Última oportunidade do ano para se fazer merda

Última oportunidade do ano para se fazer merda

Anda! Me ama! Me alimenta! Me enlaça! A graça está mesmo no ingresso das línguas pelos vincos das palavras. Engraçado: apesar de tudo, sinto-me triste. Livros. Trago-te livros. Larvas. Escuto larvas que se movimentam na tessitura cadavérica da lavra de um poeta que fui. “La mer! La mer!”. A merda do francês que nunca aprendi antes de morrer na praia. Trago-te também a minha mais completa ignorância, o mórbido vapor do cigarro que torna o meu beijo ainda mais saburroso.

As meias verdades

As meias verdades

Eu gosto de assistir a debates sérios em canais de Jornalismo, aqueles em que os jornalistas ficam lá sentados falando sobre política, economia, justiça e outros temas que eles dizem ser relevantes a gente acredita.  Nesses debates os jornalistas desfilam tudo o que sabem, revelam que consultaram suas fontes, que nunca sabemos quem são e se são mesmo confiáveis, mas que sabem tudo sobre tudo.