Cristo da intolerância e do ódio
Era páscoa. Conhecia o Torquato — ou não — há quarenta e cinco anos. O nosso encontro aconteceu numa tradicional pizzaria da cidade, tempos depois da eclosão do ovo da serpente, que tinha dado vida e ascensão meteórica à extrema-direita política no país. Ele era um pouco mais velho do que eu, um amigo das antigas, um dos homens mais gentis, probos e educados com quem tive o privilégio de conviver.