Razão e sensibilidade em Romeu e Julieta
Muito mais que uma infeliz história de amor — consumida por seu sucesso, popularizada e consequentemente subestimada —, “Romeu e Julieta” é uma grande demonstração de como nossas escolhas são consequenciais e nunca devemos seguir somente aos impulsos do coração. A peça ainda nos dá, nesse esquema entre o razoável e o sensível, dois caminhos possíveis. Um, o de Mercúcio: cético, amoral, hedonista. Outro, de Frei Lourenço: parcimonioso, frugal e ao mesmo tempo engenhoso e corajoso. Ele nunca sugere a Romeu ou Julieta a contemplação: lutem pela felicidade, mas façam com responsabilidade.