Livros

Os 11 mandamentos de Henry Miller

No início dos anos 1930, quando ele escreveu o que se tornaria seu primeiro romance, o superinfluente “Tropico de Câncer”, Henry Miller escreveu uma lista de 11 mandamentos, a serem seguidos por ele mesmo. “Miller é um escritor muito original: a sequência dos seus livros constitui uma grande autobiografia assim franca como ninguém jamais escreveu; na sua adoração profundamente romântica do sexo sempre há nuanças de um humorismo picaresco e pitoresco”, escreveu o crítico Otto Maria Carpeaux.

On the Road, o livro que inventou uma geração

On the Road, o livro que inventou uma geração

A literatura universal é pródiga em brindar a humanidade com obras que são verdadeiros divisores de águas. Mas, destas, só algumas podem ser classificadas como seminais. Este espaço é para relatar uma experiência fascinante aos olhos do leitor amadurecido: a publicação em meados do século 20 do seminal “On the Road”, segundo romance de Jack Kerouac. O livro que influenciou de Bob Dylan a Jim Morrison, passando por Charles Bukowski, Lou Reed, Win Wenders.

Livro comprova a ligação de Pablo Escobar com governo cubano de Fidel e Raúl Castro

Pablo Escobar mandou matar candidato a presidente, Luis Carlos Galán, juízes, empresários, jornalistas, rivais e ex-aliados. Sequestrou políticos e empresários. Inundou o mundo com a cocaína produzida na Colôm­bia e, mesmo todos sabendo que era traficante, chegou a ser parlamentar. Mudou leis, travou a aprovação de um projeto de lei que propunha a extradição de traficantes de drogas para os Estados Unidos. Comprava políticos, policiais, empresários, artistas famosos, jogadores de futebol. Era temido e admirado. Participou de um carnaval no Rio de Janeiro, saiu com mulatas e tinha predileção por mulheres virgens.

Somos nós que mudamos os livros que lemos, inserindo neles as nossas vivências

Somos nós que mudamos os livros que lemos, inserindo neles as nossas vivências

Sim, os livros me deram rumos e gostos literários, mas meus defeitos e idiossincrasias estão ainda aqui, bem cultivados e inflacionados, obrigado, obrigado. Nenhuma mudança sísmica como aconteceu na vida dos autores desses textos; no máximo, orçamento deficitário para manter o vício das leituras desorganizadas e doenças respiratórias causadas pelo acúmulo de poeira nas pilhas de livros ainda por ler. Creio, inclusive, que somos nós que mudamos os livros que lemos, inserindo neles as nossas vivências (Otto Lara Resende dizia que todo leitor sempre lê a si mesmo, ou algo assim). Mas vá lá: se o freguês quer, assim é (se lhe parece) — escreverei sobre os livros que “mudaram” a minha vida.

Livros da infância: modos de usar

Livros da infância: modos de usar

Diferentemente do que ocorria há dez nos, o mundo me excede. Não sei quanto a vocês, leitores amigos, mas me sinto agredido diariamente por barulhos infernais de toda sorte de aparelhos e veículos, pelo medo constante de assaltos, pela ansiedade que tomou conta de nossas vidas de forma perene. Sim, as aflições cotidianas me esmagam. E também sei que mudei muito — essa é a nossa sina comum. Claro, já não passo horas esfolando os dedos em jogos de futebol no asfalto ou sentado, o mundo à espera, com amigos em calçadas poeirentas. Mas ainda tenho o consolo de poder buscar os livros da infância: leio-os e sou de novo um menino espantado.