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John Gray: de boas utopias, certamente, está cheio o caminho do inferno Vera de Kok / Wikipédia

John Gray: de boas utopias, certamente, está cheio o caminho do inferno

Com uma argumentação coerente e límpida, Gray ataca, em “Missa Negra — Religião Apocalíptica e o Fim das Utopias”, (Record, 352 páginas, tradutor Clóvis Marques), os fundamentos filosóficos e culturais das grandes correntes políticas da modernidade, dedicando um número equitativo de páginas para espinafrar jacobinos, marxistas, nazistas, liberais, integralistas islâmicos, trabalhistas ingleses e neoconservadores norte-americanos.

60 anos sem William Faulkner

60 anos sem William Faulkner

Nem todos os romances de Faulkner são de alta qualidade, mas “O Som e a Fúria”, “Enquanto Agonizo” (o preferido de Harold Bloom), “Luz em Agosto” e “Absalão, Absalão” merecem figurar em qualquer lista de melhores livros de todos os tempos. Mesmo romances menores, como “Os Invictos” e “Sartoris” superam, de longe, a literatura beat — a que fez mais dieta de qualidade nos Estados Unidos. Não são, evidentemente, obras escritas por um fazendeiro… comum.

Atração da literatura pelas quatro estações

Atração da literatura pelas quatro estações

Outono, inverno, primavera e verão são mais do que períodos climáticos ao longo de 12 meses. As quatro estações transformaram-se em mitos para explicar sentimentos e estados de espírito do mundo moderno em mutação e de difícil compreensão. Há uma recente onda de escritores contemporâneos seduzidos pelos quartetos que organizam séries de romances e de obras híbridas (memórias e ficção): o norueguês Karl Ove Knausgard, o cubano Leonardo Padura e a escocesa Ali Smith.