O filme encantador, na Netflix, que vai lavar sua alma e melhorar sua vida
Precursor da literatura chicana, o romance “Bless me, Ultima” (1972), de Rudolfo Anaya, fala dos permanentes conflitos entre cidadãos de origem mexicana e os americanos que habitam as cercanias das fronteiras entre os Estados Unidos e o pais vizinho de uma maneira doída e sem máscaras. Essa condição um tanto esquizofrênica, que inclui a luta incansável de toda uma gente por respeito e inclusão é muito bem absorvida pelo diretor Carl Franklin, que faz da adaptação cinematográfica homônima do livro de Anaya um estudo sociocultural sobre diferenças, semelhanças e, principalmente, o preconceito contra visões de mundo minoritárias.