Envolvente do início ao fim, filme com 100% de avaliações positivas é um diamante perdido na Netflix
“My Happy Family”, “Chemi Bednieri Ojakhi”, no original, pinta um cenário em nada semelhante ao de “Casa de Bonecas”, tirante o argumento central da opressão insondável a que uma mulher pode se sujeitar ao longo da vida. A Geórgia, país do Leste Europeu e uma das ex-Republicas Socialistas Soviéticas até 26 de dezembro de 1991, evidentemente não se compara à Noruega — tem suas próprias belezas e suas próprias tragédias — e não se está mais em 1879, mas em 2017. Por essa razão, o retrato que o casal de diretores Nana Ekvtimishvili e Simon Gross pretendem fazer do anseio da mulher por liberdade num já maduro terceiro milênio se mostra um tanto mais chocante.