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A impressionante (e magistral) história que passou despercebida na Netflix Emily V. Aragones / Netflix

A impressionante (e magistral) história que passou despercebida na Netflix

“Identidade” é, sem trocadilhos, um projeto de identificação para Rebecca Hall. A diretora confidenciou que seu interesse pela obra de Larsen nascera da descoberta de que ela própria tinha um avô negro que renegara seu passado. A elaboração do roteiro foi terapêutica quanto a ajudá-la a digerir um dos opróbrios escondidos que toda família tem, o que dá à produção a aura de autobiografia, de um diário íntimo.

Suspense psicológico da Netflix vai te causar reações extremas e te fazer perder o chão Quim Vives / Netflix

Suspense psicológico da Netflix vai te causar reações extremas e te fazer perder o chão

O senso comum consagra verdades insofismáveis, como a que reza que, para se conhecer alguém minimamente, é necessário consumir com ela um quilo de sal, ou seja, deixar que o tempo passe — e, claro, observar suas reações diante dos insignificantes pequenos fatos da vida a dois. Talvez tenha sido esse o erro da companheira do personagem central de “Remédio Amargo”, do espanhol Carles Torras, que se vale de um terror muito sutil, até delicado, a fim de especular até onde pode ser conduzido um relacionamento que se esfacela de podre.

Suspense de vingança da Netflix vai tirar seu fôlego Divulgação / Netflix

Suspense de vingança da Netflix vai tirar seu fôlego

Talvez por ter vindo de um longo período de guerras, com as muitas privações que a elas se seguem, a Coréia do século 21 — leia-se sua porção meridional — seja tão pródiga em manifestações artísticas que exaltam a pluralidade, sem prescindir de enaltecer sua história e a poesia que a vida encerra, por mais oculta que pareça. “Kingdom: Ashin of the North”, do sul-coreano Kim Seong-hun, se vale do argumento bem-sucedido de uma anti-heroína cheia de defeitos, contrabalançados por um propósito nobre, a fim de deixar ainda mais claras as intenções da série que lhe deu origem.