O suspense brilhante e sinistro da Netflix que você não conseguirá tirar da cabeça
“I Am Mother” conta com recursos muito semelhantes a “Ex-Machina: Instinto Artificial” (2014), de Alex Garland, quanto a destrinchar seu núcleo. Também dispondo de um elenco diminuto, mas afinado, Sputore se utiliza do pressuposto de mecanismos cuja função primária de melhorar a vida humana é desvirtuada, e as ginoides — tanto na produção de 2019 como em “Ex-Machina”, dois personagens femininos, o que por si só fomenta discussões díspares que englobam misoginia, empoderamento da mulher, e mesmo violência doméstica — saem do controle, tornando-se as senhoras de um ambiente em que nunca poderiam passar de invisíveis subalternas.