Filmes

Um dos filmes de terror mais bem-sucedidos da última década, “Hereditário”, do jovem cineasta Ari Aster (o mesmo de “Midsommar”), vem para provar que há uma nova leva de diretores que não tornam o cinema de medo trivial ou fútil. Ari Aster, Robert Eggers, Jordan Peele e alguns outros vieram para mostrar que há arte, crítica social e relevância cinematográfica no gênero. “Hereditário” é uma joia rara que captura a atenção e as emoções do espectador e mostra que o horror pode ser bem real quando a tragédia recai sobre a vida.

O protagonista de “Security” quiçá tivesse tudo para ser um dos super-homens de Nietzsche, um daqueles tipos inquebrantáveis, firmes em sua missão de nunca lançar a toalha, nem depois da luta terminada e perdida, das luzes apagadas, do avanço da noite, do abandono da plateia. Os diretores Alain Desrochers e Les Weldon nunca dizem-nos ao certo que mal terrível desabou sobre seu herói — que as evidências apontam ser um anti-herói clássico —, porém qualquer um lhe enxerga as fraquezas que o fazem implorar por socorro, mesmo que o admitir nunca lhe passe pela cabeça perturbada.

Quando se tem dinheiro o bastante para fazer um filme com elenco estelar e abusar de cenas explosivas, as chances de ser um sucesso são bem grandes. “The Hitman’s Bodyguard”, de Patrick Hughes, reúne Samuel L. Jackson, Ryan Reynolds, Gary Oldman e Salma Hayek em um filme de ação enérgico e extravagante, temperado de boas doses de humor e romance.

As crianças são cheias de imaginação e “Matilda: O Musical” dá vida e asas à imaginação de Matilda Wormwood e das crianças de seu colégio, que vivem sob a rotina escolar ditatorial da diretora Trunchbull, um mulher que é um verdadeiro brutamontes e despreza todos os alunos. Com a chegada da menina, que é por natureza rebelde e desafiadora, uma verdadeira revolução será promovida na escola para derrubar o regime de opressão e violência no qual todas as crianças são submetidas.

Mais o homem sonha com a liberdade possível, mais o dito sistema lhe mostra que nem isso lhe cabe, que seu papel é sublimar as dores de sua débil humanidade e alimentar a máquina sem protestos, até que a morte lhe venha em socorro. Do roteiro de “Beckett”, do diretor Ferdinando Cito Filomarino e Kevin A. Rice, extraem-se as óbvias referências ao dramaturgo que empresta o sobrenome ao filme e a seu personagem central, um herói escrupuloso demais (e indefeso demais) num mundo piedoso (e humanista) de menos.