Criou-se uma falsa polêmica em torno de “Homunculus”, mas Takashi Shimizu é hábil em contorná-la. “Acusado” de carregar nas tintas do drama, pesando a mão em sua leitura do mangá de Hideo Yamamoto, Takashi Shimizu apenas se concentra nos aspectos menos óbvios da trama e oferece ao público reflexões um tanto pessoais, sim, mas nunca gratuitas ou disparatadas.
Um filme de ação cheio de desafios para seus protagonistas, “Operação Fronteira” se passa na América do Sul, onde um grupo de ex-agentes americanos, que agora se tornaram mercenários, devem roubar dinheiro de um traficante. A missão é um sucesso, mas conseguir escapar com o montante é o verdadeiro problema. Com mais de 4 toneladas em dólares, o grupo precisa enfrentar obstáculos humanos e adversidades na natureza para cumprir a operação.
Um vislumbre de um futuro possível, “Onde Está Segunda?”, ficção-científica de Tommy Wirkola, questiona o esgotamento do planeta pela humanidade e desperta medos e inseguranças em relação às possíveis medidas que governos possam tomar em uma hipotética superpopulação mundial. Em um lugar regido pela lei do filho único, irmãs sétuplas, interpretadas por Noomi Rapace, dividem uma única identidade para conseguirem sobreviver. Mas quanto tempo pode durar um segredo dessa proporção?
Sensação no Festival Internacional de Cinema do Mar Vermelho, premiação que vem se consolidando como o grande celeiro de produções da novíssima indústria cinematográfica do Oriente Médio e Norte da África, “Cartas na Manga”, do saudita Fahad Alammari, abraça as incongruências da condição humana incluindo, como não poderia ser de outro modo, o ponto de vista da religião — constante nos diálogos escritos por Alammari e seu trio de colaboradores.
Ao decidir desmistificar muitas das fantasias na história de dois dos maiores artistas de seu tempo, cada qual no seu compasso e no seu estilo, mas partilhando o mesmo talento, boa parte de uma mesma sorte e, ainda que não fossem unidos pela biologia, a mesma carne, Breno Silveira (1964-2022) entrega em “Gonzaga — De Pai pra Filho” um dos trabalhos mais intensos de uma carreira irregular, mas prolífica, marcada por filmes bissextos, porém memoráveis.
