“Esperando os Bárbaros” (Ciro Guerra, 2019) mostra fundas raízes com ilustres antecedentes no cinema e na literatura. O conflito de poder entre a lei e o abuso de poder num forte militar avançado em território inimigo é uma situação limite que expõe a fragilidade imperial fundada na soberba diante da humana presença de povos que não significam uma ameaça.
Imagine misturar “Os 12 Macacos”, “Zodíaco” e “Efeito Borboleta” em um só filme. “Sombra Lunar” é um filme policial que se transforma em ficção-científica e aborda temas como viagens no tempo e futuro pós-apocalíptico. Em um mundo tomado por guerras, preconceitos raciais e falta de amor ao próximo, o que não parece muito distante da realidade, uma mulher com uma missão de transformar a história da humanidade se torna alvo de um policial obcecado e determinado.
O Tsunami que atingiu 14 países da Ásia em 2004 foi um dos eventos mais marcantes do século 21, junto com a pandemia de coronavírus e os ataques terroristas de 11 de setembro. Até agora, foi pouco menos de um quarto de século bastante movimentado para o Planeta Terra e ainda estamos retomando o fôlego, caso haja novas aventuras no horizonte. O filme “O Impossível”, do cineasta J.A. Bayona, com Ewan McGregor, Naomi Watts e Tom Holland, retrata a experiência de uma família que viveu momentos de terror e drama, ao terem suas férias interrompidas pelo desastre natural.
Parece não haver mesmo limite para a hediondez da guerra. Quanto mais se procura conhecer os efeitos de anos de conflitos sangrentos entre dois grupos antagônicos, mais difícil se torna a tarefa de conhecer a verdadeira história da humanidade, uma vez que concentra polêmicas incontáveis e segredos espúrios, da guerra e de um casamento. O norueguês Erik Skjoldbjærg desbrava em “Narvik” a página misteriosa de um enredo cujos capítulos projetam-se para a eternidade, sem chance de epílogo.
Uma cena sintetiza o terror na França ocupada: policiais franceses, e não alemães, prendem um suspeito de ser judeu. Mas ele não é. Apenas trocou de identidade com seu ex-patrão joalheiro judeu para roubar-lhe os depósitos bancários. A troca de identidades foi um crime pontual em consequência de um acordo de guerra. O dono da joalheria, para escapar, transfere seus bens para o empregado, que deverá devolver tudo depois do conflito. O desdobramento é previsível.
