Ensaios

Diário do Farol, de João Ubaldo Ribeiro: um livro hipnotizante

Diário do Farol, de João Ubaldo Ribeiro: um livro hipnotizante

Te convido a ler “Diário do Farol” subscrevendo o pacto narrativo do início ao fim, ou seja, suspendendo a descrença no que vai narrado. Jogue o jogo que foi proposto, sinta uma presença macabra por cima do ombro a cada página virada, suponha que as bravatas ali bravateadas fossem de fato concretizáveis, por quaisquer meios que desconhece, pois sua ignorância é vasta em tantos assuntos que seria impossível enumerá-los.

Charles Baudelaire: 200 anos. Para não dizer que não falei das flores (do mal)

Charles Baudelaire: 200 anos. Para não dizer que não falei das flores (do mal)

É quase impossível olhar para o calendário (9 de abril) e não se deixar tocar: 200 anos de nascimento do celebrado “poeta maldito”, Charles Baudelaire. Ao citar o vate, vem imediatamente à memória a sua produção máxima: “As Flores do Mal”. A obra que para muitos inaugurou a modernidade literária ao romper com as formas clássicas do verso e com os cânones literários vigentes.

Nenhum Brasil existe e Minas não há mais

Nenhum Brasil existe e Minas não há mais

As facilidades da vida moderna (e, contraditoriamente, também as suas agruras) parecem ter tornado a pacata vida burguesa uma paisagem permanente. Já a arte contemporânea, em tudo oposição ao que faziam os mineiros, é esse grande pós-nada e, ainda assim, é best seller nas livrarias, lota cinemas e é vendida a preços estratosféricos nas galerias. Nosso tempo é o de vanglória por conta de textos de 280 caracteres.

Preferência não se discute; gosto, sim

Preferência não se discute; gosto, sim

A atuação da crítica literária junto a leitores, intelectuais, jornalistas, está cada dia mais irrespirável. Ser crítico literário, estudar a literatura de forma acadêmica, está se tornando algo tão complicado quanto apoiar o aborto, a legalização das drogas e a discussão a respeito do casamento gay. Politicamente correto é não se importar com a teoria, lixar-se para a tradição, mandar às favas qualquer crítica ou crítico produzido nos corredores da academia, sejam eles estruturalistas ou formalistas, ligados às teorias do imaginário ou às correntes dos estudos culturais.