Crônicas

Favor, não mergulhar no esgoto

Favor, não mergulhar no esgoto

Chegou a hora dos bilionários garantirem lugar no céu. Proponho que desapeguem, que retirem os escorpiões dos bolsos e façam doações vultosas ao governo. Se não o fizerem por livre e espontânea vontade, que o fisco, com a permissão do Congresso Nacional, lhes arranque o couro taxando fortemente as fortunas.

Não temos tempo de temer a morte, mas, por ora, vamos respeitá-la

Não temos tempo de temer a morte, mas, por ora, vamos respeitá-la

Exercitem os neurônios. Tirem os sapatos. Sentem no assoalho. Pratiquem jardinagem. Falem com as plantas. Desliguem um pouco a droga do telefone celular. Vejam sob uma nova ótica. Encantem-se com os filhos brincando pela casa, se tiverem filhos, se tiverem casas. Eles estão crescendo rápido demais e, vai chegar o dia em que vão dar o fora. Normal. Nada de novo no front. A vida é assim mesmo.

Enfrentando as pragas com dignidade

Enfrentando as pragas com dignidade

Vivemos a era da comunicação instantânea, da liberdade de expressão, da apologia à estupidez e do culto às opiniões de mau gosto vociferadas com orgulho inconteste por indivíduos que se julgam a última Coca-Cola gelada do deserto. De certo, há sede de notoriedade no terreno fértil da ignorância.

Mulher sofre

Mulher sofre

Fé, menina. Deus é um poeta. Fez a mulher a partir da costela do homem. O melhor que Ele fazia, em sentido figurado, era deixar transfigurado o tórax masculino. Fica sempre faltando um pedaço. Adultos e meninos devem a sua existência ao domicílio uterino, a despeito da impensável claustrofobia de boiar durante meses dentro de um bolsão líquido nas entranhas maternas.

Enfrente o machismo de cabeça erguida. Ele revela o medo do poder da mulher

Enfrente o machismo de cabeça erguida. Ele revela o medo do poder da mulher

Vou profanar. Neste 45º Dia Internacional da Mulher começarei pelo fim: a história do machismo estrutural brasileiro é a confissão do medo do poder feminino. Por que entreguei logo o desfecho do meu raciocínio? Porque temos pressa. Depois de 45 anos de celebração mundial, o contexto dos direitos deste 8 de março é muito pior do que a situação nos anos 1970, quando a data foi criada.