Crônicas

O primeiro casamento gay a gente nunca esquece

O primeiro casamento gay a gente nunca esquece

Ambiente limpo. Cheirinho de flores do campo. Feijoada no fogo. Chope gelado. Almoço para 60 talheres. Cerimônia íntima, foi o que me disseram, só para “os mais chegados”. Não sabia que alguém se achegasse tanto a mim, a ponto de me convidar para um evento tão crucial quanto um matrimônio ou um fuzilamento. Não tinha padre. Não tinha pastor. Não tinha culto ecumênico, nem rissole frio.

A amendoeira de Copacabana

A amendoeira de Copacabana

O ofício de cronista exige que prestemos atenção à natureza (mesmo que ela não preste atenção em nós). Isso escreveu Drummond nos anos 50, mas o poeta foi além da observação e, saborosamente, conversou com uma velha amendoeira à frente da sua janela. Superpoderes de poeta. Acredito que o espírito extrovertido da árvore — próprio dos cariocas — tenha contribuído para a fluidez do colóquio.

Maradona, meu primeiro vilão no futebol

Maradona, meu primeiro vilão no futebol

O argentino deixou momentos inesquecíveis nos gramados, um legado preciso ao futebol-arte: naquele mesmo jogo em que revelou ao mundo la mano de Dios, fez também o gol de construção individual mais incrível da história das Copas, saindo de seu próprio campo e driblando mais de meio time inglês. O anti-herói vingava as Malvinas e virava lenda hermana.

25 de novembro: Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres

25 de novembro: Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres

No dia 25 de novembro de 1960, as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, foram brutalmente assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana. As três combatiam fortemente aquela ditadura e pagaram com a própria vida. Seus corpos foram encontrados no fundo de um precipício, estrangulados, com os ossos quebrados. As mortes repercutiram, causando grande comoção no país. Pouco tempo depois, o ditador foi assassinado.

Tarde demais para ser triste

Tarde demais para ser triste

Quando voltar a chover. Quando a vacina chegar. Quando sair aquela promoção na empresa. Quando o amor vier. Quando a gente se casar. Quando fizermos neném e ele chutar a sua barriga. E se for uma menina? Quando der os primeiros passos. Quando tirarmos os pés da lama. Quando o Dalai Lama desencanar com a humanidade.