Crônicas

Não é hora de falar de gratidão. Esse foi o ano da dor

Não é hora de falar de gratidão. Esse foi o ano da dor

À meia noite os céus de Copacabana estarão escuros. Algumas mesas estarão vazias. O colorido dos fogos e dos sorrisos dos que partiram precocemente dará espaço à feição cinza que pintou 2020 de dor. À meia noite o peito apertará mais forte em milhares de lares, que viram 2020 sepulcrar em escala máxima tantos amores e golpear a esperança.

Tira essa máscara e me dá um beijo!

Tira essa máscara e me dá um beijo!

Nas confraternizações, a Fiocruz recomenda usar a máscara sempre que não se estiver comendo ou bebendo. Esse tira-e-põe de máscara vai exigir dos convivas muita concentração e coordenação motora. Penso que não vai funcionar, especialmente depois de algumas taças. Outra: manter 2 metros de distância, pelo menos, e evitar apertos de mão e abraços.

A tristeza mata mais do que o Coronavírus

A tristeza mata mais do que o Coronavírus

A geografia das tragédias humanas confunde o itinerário no meu coração, que bate de tudo quanto é jeito, que pulsa para tudo quanto é lado. Minhas tardes sangram para o lado que nariz aponta, ou seja, para o nada. 2020 está marcado pelas perdas e pelos desencontros; um ano que jamais será esquecido, que nem a Tragédia de Sarrià, em 1982.