Crônicas

Nunca se mentiu tanto e de forma tão desavergonhada

Nunca se mentiu tanto e de forma tão desavergonhada

Tudo o que eu sei de ruim aprendi com O Mito. O pior cego é o que não quer me ver nem pintado de ouro. Você é democrata, mas, não é dois. A Inês é morta juntamente com os bandidos bons. Os ruins, não. Os ruins continuam no governo. Chega de mi-mi-mi: Elvis morreu e ponto final. Isso a Globo-lixo não mostra: a gente só queria tirar a esperança do coração das pessoas. Deu no que deu.

Eu não quero ser sedado

Eu não quero ser sedado

Quem. Nunca. Quem nunca. Quem nunca se sentiu perdido, acuado. Cem dúvidas, ainda não me encontrei. Por tudo que li. Por tudo que vi. Por tudo que vivi e que não vivi. Onde residirá o mais lamurioso melodrama: no jovem que pensa não ter um futuro ou no velho que pensa não ter um passado.

Siga o líder, desde que ele não seja um imbecil

Siga o líder, desde que ele não seja um imbecil

Eu sigo com os deslumbrados. Que permitem que a pecha de lunáticos lhes suba à cabeça. Que se encantam com borboletas, pássaros e outras minúcias da natureza que passam despercebidas aos olhos da geração high tech e dos homens extremamente ocupados. Que colocam flores nos cabelos e se julgam especiais integrantes da nobre realeza. Que não possuem um carro. Que não aplicam na bolsa. Que não perdem milhões. Que são felizes com quase nada. Que nadam de braçadas em abraços de contentamento.

Ode às humildes paroxítonas

Ode às humildes paroxítonas

Paroxítonas são a grande parte das palavras da Língua, força poderosa que define quase tudo o que dizemos e escrevemos. Imenso conjunto, mas pouco unido, plebe rude e talentosa que volta e meia abre mão de seus direitos em prol de oxítonas blasés (essa inodora classe do meio) e áticas proparoxítonas (essas políticas idílicas no Congresso do nosso léxico).