Crônicas

Formigas, poesia e energia nuclear

Formigas, poesia e energia nuclear

Falando sobre importâncias, o poeta Manoel de Barros escreveu: “o cu de uma formiga é mais importante para o poeta do que uma Usina Nuclear”. Leitores menos acostumados ao universo manoelino poderão achar a frase demasiadamente chula para um poema. Não a tomem como chulice gratuita. Essa é apenas a linguagem pura e solta com a qual Manoel de Barros tece a sua poesia.

Procure direito o lázaro escondido no peito

Procure direito o lázaro escondido no peito

Caçavam-me há semanas. Esperança fora encontrada morta, a boiar num lago na Cidade ocidental. Acusavam-me do hediondo crime de fugir da realidade. Era o personagem mais lazarento e odiado da história desde Jesus Cristo. A cruz, para mim, era pouco, dizia-se. Experimentado em mato, no mato me refugiei. Bebia água de pedra. Banhava-me em poças de lágrimas. Rastejava entrelaçado às cobras. Mastigava frutos nativos do cerrado. A maioria dos morcegos era herbívora, mas, o povo queria mesmo era sangue.

Rico e preocupado

Rico e preocupado

Como de costume, sentou-se à mesa de seu escritório e conferiu, no computador, suas planilhas. Não havia dúvida, era um homem rico. Tinha muito mais que o necessário para viver, confortavelmente, mais de uma vida. Mas não conseguia abandonar a dura rotina a que se impôs. Desde a falência da mal gerida empresa do pai, adotou uma vida espartana.

Trago de volta a pessoa amada, com 12 canções românticas dos Beatles

Espero que vocês curtam a lista que eu compilei para deixar o Dia dos Namorados mais romântico e classudo. Recomendável harmonizar o som com vinho tinto e queijos. Quem não gostar, que se dane: já me casei mesmo. Se forem beijar na boca, por favor, retirem a máscara, só por uns instantes. Ao contrário do que vocifera O Crápula de Brasília, na sua peculiar arrogância e falta de empatia, usem máscara, evitem aglomerações.