Crônicas

Woody Allen e Heidegger: Morte aos monstros!

Minha tese é que Mia Farrow é uma pessoa profundamente perturbada (bioquímica e neuropatologicamente mesmo) e machucada, que não hesita em trazer os outros para dentro de sua espiral egocentrada. Dory Previn, Barbara Sinatra, Ronan, Dylan, Soon-Yi, Woody são todos moscas presas em sua teia psicótica. Posso estar errado? Posso. Mas acho que não.

Das coisas que deixamos para trás e a vida que vem pela frente

Das coisas que deixamos para trás e a vida que vem pela frente

Na sala de sua casa agora há só as quatro paredes brancas, lisas, sem os quadros e o espelho e os poucos móveis que ali moravam. Ele olha num canto e não enxerga o velho sofá branco que seu filho amava transformar em cama para encher de farelo de salgadinho. O sofá branco e barulhento que abriu os braços a tanta gente amada. E que teve como último hóspede um velho amigo que o visitara de madrugada, eles se sentaram ali e beberam a cerveja fresca e a saudade morna de tempos vencidos.

Será que você é medíocre?

Será que você é medíocre?

Para mim, o uso do significado de medíocre que, em sua origem, significa mediano, é um tanto questionável. Na vida das pessoas, a mediocridade pode ser uma aventura, pois é o que relatam — para cada pessoa um pequeno dilema pode ser monstruoso aos olhos de quem o vive. Parece ser por isso que ninguém se aventura a compartilhar o prazer da imaginação de outro. Tenho certeza que daqui para frente, nada é novo no dito.

A nova velha New York

A nova velha New York

Quando cheguei a Nova York, cinco meses atrás, esperava encontrar uma cidade mais pós-moderna. Na verdade, no imaginário construído na minha mente, como na de muitos brasileiros, formada a partir dos relatos televisivos e dos filmes hollywoodianos que chegam até nós, Nova York era praticamente a cidade habitada pelos Jetsons. Porém, aos poucos fui vendo que Nova York é muito mais o que está nos livros antigos do que a imagem vendida para turistas brasileiros.