Crônicas

Me dá sua mão. Vamos caminhar pela vida

Me dá sua mão. Vamos caminhar pela vida

Vamos ao mundo, ao tudo e ao nada. Vamos abrir uma empresa e falir juntos. Construir uma biblioteca pública! Vem, vamos pular as poças d’água, empurrar um pé depois do outro no contrafluxo da enxurrada, fuçar os lixos das casas, apertar as campainhas, fugir correndo! Vamos negar os princípios da física, revogar a lei da gravidade e voar por aí, sobre as cabeças rasteiras dos idiotas.

O silêncio também é resposta

O silêncio também é resposta

O silêncio diz muito mais do que se costuma ouvir de bocas aflitas, que jorram aos borbotões palavras atrapalhadas. Discursos tolos, sem aroma, nem sumo. Por vicio ou pretensa natureza, estamos acostumados a nos relacionar com a boca. Dela emanam sons filosóficos, conexos ou desconexos. Em sua maioria vazios como bolinhas de sabão. Falas de acompanhar a gula de bolinhos de bacalhau, chopes gelados em série, alargando barrigas carentes e solitárias companhias.

Neymar e o racismo: uma tragédia em quatro atos

Atualmente, goste-se ou não, Neymar é o maior ídolo do futebol nacional. Discutir sua qualidade como jogador é estupidez: ele tem um tremendo talento, e já o provou em diferentes contextos. Por outro lado, discutir sua imagem pública e como ele a utiliza é algo que merece muitas reflexões. A principal delas é com relação às suas atitudes perante a questão racial. Eis uma história patética que pode ser resumida em quatro episódios.

O passado é uma fonte em que cada qual bebe conforme a sede

O passado é uma fonte em que cada qual bebe conforme a sede

Nos dias de hoje, quando se fala em inovação a gente logo se lembra de alguma geringonça eletrônica, de alguma ferramenta esperta assentada nos conceitos de informática, comunicação e computação eletrônica. O mundo virtual já se tornou tão presente na vida contemporânea que muitas vezes temos dificuldades em entender se alguma coisa é de existência de fato ou meramente virtual. O credito de seu cartão, por exemplo, é de natureza real ou virtual?

Senna não é Pelé

Os admiradores de Senna dividem-se em dois tipos básicos: os conscientes e os fanáticos, também conhecidos como “viúvas”. Os primeiros apreciam mais o automobilismo do que idolatram Senna. Sabem que foi um gênio do volante, não um semideus infalível. Os outros parecem acreditar que a principal razão da existência da F-1 foi fazer o Piloto do Capacete Amarelo brilhar. Lamentavelmente, o primeiro grupo é sufocado pelo segundo.