Crônicas

Que bicho você prefere ser na pandemia?

Que bicho você prefere ser na pandemia?

Parece loucura, mas não é. Revolta é sinal de lucidez. Cuide de quem ainda tem a sanidade de se revoltar. Mostre que elas não estão sozinhas. Tem você. Tem eu. E mais um bocado de gente. Não somos minoria. E nós temos um trabalho a fazer: incomodar quem não liga para esse caos todo. Não adianta só cobrar o presidente e chamá-lo de genocida.

As coisas que John Lennon talvez dissesse a Jair Bolsonaro

As coisas que John Lennon talvez dissesse a Jair Bolsonaro

John Lennon era talentoso, divertido, polêmico e, acima de tudo, cruel e casca-grossa em matéria de defender os seus pontos de vista. Sinto que, por causa da sua inteligência e da sua impetuosidade, faz uma enorme falta no debate político. Com certeza, ele não se calaria frente aos discursos perniciosos e medievais dessa trupe terrivelmente reacionária.

É verdade este bilhete: eu te amo

É verdade este bilhete: eu te amo

Não tenho obrigação de provar para ninguém que fui feliz. Não me resta muito tempo. Há um excesso de Deus, de choros e de desespero enquanto afivelo o meu cinto. Tremendo azar: vamos cair e acabei ficando sem bateria. Espero que você leia isso, pois, é uma espécie de despedida redigida de forma improvisada. Um homem de boa alma, num derradeiro gesto de desprendimento e de generosidade, emprestou-me a sua Mont Blanc.

Literatura de merda

Literatura de merda

Será preciso muita paciência para ler. As coisas fogem um pouco do controle depois que se enche a lata de álcool. Não estávamos exatamente bêbados, mas, certamente, embriagados de felicidade. Ainda estávamos ali, sãos e salvos; mais salvos do que sãos, é bem verdade. Gozávamos de uma loucura controlada. Refletíamos sobre o terrível período de isolamento social compulsório.