Crônicas

Aquele tipo de amizade que morre de causas naturais

Aquele tipo de amizade que morre de causas naturais

Diz o ditado que tudo nessa vida tem um lado bom e um lado ruim. Faz sentido. É possível. Até mesmo, no caso da morte, a depender das circunstâncias, pode ser que se vislumbre uma virtude, como dar números finais ao sofrimento exaustivo e prolongado de alguém que padece por conta de uma doença grave, incurável, terminal.

O segredo da vida é não ficar pensando tanto na morte

O segredo da vida é não ficar pensando tanto na morte

Ninguém em sã consciência iria lamentar a morte de um ser humano canalha, a não ser que trabalhasse como coveiro e ainda por cima tivesse de desperdiçar o próprio tempo para entregar o corpo de um desgraçado aos vermes. Já cansei de enterrar as melhores das boas intenções que morreram ainda no nascedouro. Berço de ouro é o cacete. Trabalhei duro para me tornar um homem frustrado.

Triste como um camelo

Triste como um camelo

Vivo uma relação momentaneamente conflituosa com os passarinhos. Nada que termine em pedras e alçapões, acreditem. Não se pode, contudo, confiar num ser humano. Eu, se fosse passarinho, também ficava, também me fartava de comida. Mas, confiava desconfiando, no limiar da gula, no ruflar das asas.

Viva bem, ame muito e sorria sempre

Viva bem, ame muito e sorria sempre

A vida era cheia de placas motivacionais, de biscoitos da sorte e de palavras de ordem pichadas nos muros. Descobri mais uma enquanto tomava um café forte que a barista maranhense coava nas próprias mesas dos clientes, em minúsculos coadores de feltro, um verdadeiro mimo. Atendimentos carinhosos andavam escassos. A moça comentou que o café era tão quente quanto as mulheres do Maranhão. Rimos desbragadamente.