Deixemos de coisa. O que mata mesmo é abrir mão de viver
Sim. Eu tenho o coração tomado de amor. Sou dessa gente que vai com tudo, caminha na brasa, mergulha na lava, se joga no fogo louco do encontro. Da vida, quero nada senão viver assim. Em chamas. É daí que vem todo o resto. Comigo, essa história de pé atrás não funciona, não. O amor chega e entra com os dois pés e o que mais há em volta. Invade a casa com dez trilhões de células e meia dúzia de lembranças para dividir feito pão e vinho. Contenção no amor é desperdício, sonolência, anticlímax, chateação. Quem sente amor tem a pele fustigada por um raio, voa baixo, treme de susto.