Crônicas

Algumas pessoas nunca sentem tesão. Ahhh! Que vida medíocre elas devem levar

Algumas pessoas nunca sentem tesão. Ahhh! Que vida medíocre elas devem levar

Sem tesão, não dá! Se é pra fazer, façamos intensos, inteiros, ou é melhor deixar pra lá. Sentir tesão é arrepio, que não vem do frio, nem do medo, mas da capacidade de desconfiar que vida pode ser algo delicioso. Mas não. A gente às vezes prefere sentar confortável no sofá da rotina, esticando a mão a pegar na prateleira o controle do óbvio, a certeza, o planejamento da mesmice. Viver sem tesão é mesmicídio!

O amor romântico à luz da filosofia de Jean-Paul Sartre

Segundo a abordagem de Jean-Paul Sartre, na relação amorosa o amante é pura fuga de si-mesmo em direção ao outro, no qual a liberdade daquele constitui-se como objeto para este. É, na verdade, uma recusa da pessoa que ama em reconhecer-se sujeito, alienando-se do seu papel enquanto indivíduo detentor de uma subjetividade. Em outras palavras, o ser-que-ama coloca-se para o outro como aquele que se compromete inteiramente e se experimenta como uma simples coisa a ser “possuída”, “apropriada” por uma transcendência absoluta que lhe fundamenta e lhe confere sentido.

Apaixonar-se: a arte de entender tudo errado

Apaixonar-se: a arte de entender tudo errado

Começa assim: abrimos a porta de casa vagarosamente e avisamos que aqui dentro mora um coração que mais parece um cachorro ressabiado. Falamos das nossas vontades com todas as letras, explicamos o beabá do que queremos e do que não permitimos porta adentro, para que depois não haja mal entendido, para que na batalha do amor ninguém saia machucado. Mas não adianta. Todo confronto tem feridos, às vezes mortos.

Loucura mesmo é ser livre

Loucura mesmo é ser livre

Sou o louco mais domesticado que conheço. E não há quem se sinta mais decepcionado com isso do que eu. Acredite: um dia, já tive gana e frescor nos olhos. É uma pena. Não foi apenas um equívoco, mas, uma crueldade deixar que morresse à mingua a criança que brincava de se esconder nos labirintos de mim. Quem se importa com tamanha insegurança? De uma coisa, ao menos, não tenho certeza: é lastimável não levar a vida que se sonha.