Crônicas

Quase me casei com Olivia Newton-John nos tempos da brilhantina

Quase me casei com Olivia Newton-John nos tempos da brilhantina

No dia em que eu nasci, a música mais tocada no mundo era “Help”, de Lennon & McCartney, na versão original da melhor banda de rock de todos os tempos: The Beatles. A segunda melhor banda era Led Zeppelin; a terceira, Pink Floyd. O texto é meu, o rol é meu, a vida é minha e gosto não se discute, principalmente num contexto em que manda quem escreve e obedece quem é leitor de juízo.

Enfim, quarenta

Enfim, quarenta

Sou como Ivan Ílitch, o protagonista do conto de Tolstói, provocando alteração mesmo depois de minha morte — que espero ainda bem distante. Sinto que, ao longo de quatro décadas sob o sol, tenho vivido muitas vidas numa só jornada, superado traumas e transformado tudo em alguma sabedoria. Que Deus conserve.

Coisa de doido

Coisa de doido

O garoto espevitado vivia perguntando sobre tudo. Curioso nato, queria saber sobre o funcionamento das coisas, o tamanho dos continentes, nomes de países e cidades distantes, animais e máquinas, a História, Geografia, enfim, tudo que o cercava. Alinhava perguntas umas nas outras e ia extraindo respostas para tudo o que aquela cabecinha avoada queria saber. No geral, a vítima preferida era o pai, que pacientemente explicava ou tentava explicar tudo que o inquisidor-mirim queria.

Morte, a gente ainda vai rir na sua cara

Morte, a gente ainda vai rir na sua cara

É líquido e certo que um monte de gente consternada vai escrever a respeito de Jô Soares nas próximas horas, nos próximos dias, por muito tempo, com muito mais graça, capacidade, fluência e propriedade do que eu. Não importa. Eu também vou lamentar. E vou me expressar à minha maneira para prestar um sincero tributo e dar vazão à tristeza profunda que hora me invade.

O encontro secreto — acredite se quiser — entre mim e Elvis Presley, no Uruguai, em 1987

O encontro secreto — acredite se quiser — entre mim e Elvis Presley, no Uruguai, em 1987

Que Elvis não morreu todo mundo já sabe. O que quase ninguém sabe, mas, vai ficar sabendo a partir de agora, é que nós nos encontramos na cidade de Punta Del Leste, Uruguai, em 1987, dez anos após a sua suposta morte. Juro. Quero que um raio caia na cabeça de Wesley Safadão se eu estiver mentindo. Na época, Elvis contava 52 anos e eu 22. Tinha idade para ser o seu filho. Em matéria de discípulo do rock and roll, eu até que podia ser sim.