Crônicas

O maravilhoso privilégio de morar perto da praia e ter o mar como aliado

O maravilhoso privilégio de morar perto da praia e ter o mar como aliado

Um telefonema a quem se ama, ouvir uma boa música, comer algo gostoso, ler um ótimo livro, fazer exercícios físicos… são inúmeras as formas de sentir-se bem e reequilibrar dias engolidos por atribuições tantas vezes pesadas. Nada supera, porém, a eficácia de um mergulho no mar na capacidade de revitalizar o corpo e a mente. Os que possuem o privilégio de colocar os pés na areia após o fim do expediente conhecem a mágica que paira sobre cidades de praia.

A vida é uma guerra em que não importa vencer. Viver é um soco no estômago

A vida é uma guerra em que não importa vencer. Viver é um soco no estômago

Tem dias em que a gente acorda e não encontra otimismo. Aquele que deveria estar ao nosso lado partiu. Roubaram-nos a esperança. Derrubaram as nossas certezas. Já disse Guimarães Rosa que a vida é assim mesmo, ela “esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Coragem para olhar o que está dentro da gente e nos permitir sentir a nós mesmos. Coragem para recuperarmos a fé, para aceitarmos opiniões contrárias às nossas e para dizermos o que está preso na garganta. Coragem para levantar da cama e começar tudo de novo.

Não adianta fazer um retiro espiritual se você não acredita em nada disso

Não adianta fazer um retiro espiritual se você não acredita em nada disso

Às vezes virar a página não serve de nada. Não muda a história, não troca os personagens. De que adianta sair pelo mundo afora em busca de gente nova e novas bagagens, quando o voo certamente nos trará de volta ao nosso velho livro de bolso? Um livro recheado de memórias, um diário escrito sem pressa, preenchido pela metade, ou talvez nem isso. Ainda resta um punhado de folhas em branco, mas que, independente da nossa vontade, serão ocupadas com preces, lágrimas, rabiscos e risos.

A regra é clara: não somos nada

A regra é clara: não somos nada

Detesto desastres aéreos. Detesto essa sua cara de sonso. Detesto fanatismo. Detesto quando interrompem a programação da TV para um boletim urgente. Acima de tudo, detesto a vinheta da Rede Globo. Detesto matar um leão por dia (os animais não têm culpa de nada). Detesto tanto mistério acerca da vida, da morte, da pós-morte, da caixa preta, do boto cor-de-rosa e da maçonaria. Detesto quando Deus se atrasa nos eventos trágicos. Detesto saber que ficarei velho.