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A gente vamos fazer o que professor mandar

A gente vamos fazer o que professor mandar

Professores de Física são bons para ensinar os jogadores a estudar a trajetória da bola e assim finalmente acertarem alguns passes. Professores de Geografia são ótimos para ensinar onde ficam o Cazaquistão, o Azerbaijão e outros estranhos países, cujos times andam contratando jogadores brasileiros. Professores de História são bons para explicar aos jogadores por que talvez não seja uma boa eles aceitarem um contrato para jogar no Dínamo de Kiev.

A claustrofobia respirável de Starnone Divulgação / The Big Issue

A claustrofobia respirável de Starnone

Domenico Starnone me desassossegou, e isso sabota o personagem que ando construindo para mim: do tiozão de meia-idade apreciador da lentidão, depois de anos de pressas inventadas para agradar gente à toa. Li com volúpia três novelas dele; “Dentes”, “Segredos” e “Laços”, nessa ordem, em pouco mais de uma semana cheia de dias úteis. O colapso da minha disciplina para flanar entre parágrafos me alimentou certa mágoa com o marido da Elena Ferrante.

Para que servem os comediantes?

Para que servem os comediantes?

Uns dizem que ele foi preso por causa de um trocadilho malsucedido numa piada política, que acabou interpretado como uma menção ao formato da genitália da rainha, e morreu decapitado. Outros, que ele deixou de fazer piadas pra tornar-se agente de comediantes itinerantes por todo o reino, tornando-se milionário e acabando assassinado por um cliente por conta de uma vírgula suspeita num contrato de participação de lucros.

A vida de Buda, segundo Jack Kerouac

A vida de Buda, segundo Jack Kerouac

Jack Kerouac é aquele escritor americano de ascendência franco-canadense que compõe a santíssima trindade da “Geração Beat”, ao lado de Allen Ginsberg e Willian Burroughs. As pessoas costumam conhecê-lo por “On the Road”, o calhamaço — percursor da contracultura — em que relata suas aventuras pelos Estados Unidos e pelo México, regadas a jazz, poesia e benzedrina. Confesso que, num primeiro contato com o seu “magnum opus”, fiquei desnorteado. Kerouac descreve a noite nova-iorquina, os concertos de jazz e as figuras humanas interessantes que conheceu pela estrada em períodos muito longos, num estilo que ele chamou de “prosa espontânea”.

Ah, essa minha cara de puta

Ah, essa minha cara de puta

Não. Eu não venho sempre aqui. É a minha primeira vez e penso que será a última. Acredite. Está equivocado. Você nunca me viu mais gorda. Sim. Tenho certeza. Numa boa. Guarde consigo essa clara impressão de que me conhece de algum lugar. Longe é um lugar que não existe. Não. Essa frase não é minha. É o título de um livro do Richard Bach. Não me leve a mal. Desculpe. Você não pode se sentar do meu lado. Sim. Estou esperando outra pessoa.