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O melhores livros lidos em 2023 (Marcelo Franco)

O melhores livros lidos em 2023 (Marcelo Franco)

Tudo o que li me foi de certo modo proveitoso; tenho dificuldades para estabelecer critérios acerca da diferença entre uma leitura muito boa e outra ótima; a champã de cada confraternização me chama diariamente; o fígado dá sinais de desistência; os aeroportos estão cheios; a conta bancária está vazia… Enfim: sofro com mais esta lista. De qualquer modo, vamos ver o que sairá, já que, sim, li bastante, assisti a séries, paguei tributos e me enfastiei, e isso mais ou menos resume a minha vida.

O melhores livros lidos em 2023 (Miguel Sanches Neto)

O melhores livros lidos em 2023 (Miguel Sanches Neto)

Às vésperas da velhice, sem nenhum serviço obrigatório de leitura, pois já não faço crítica militante nem leciono, o meu interesse como leitor está cada vez mais orientado por minhas inquietações como escritor, totalmente fora de qualquer debate externo à produção literária a que me dedico de forma um tanto autista. Assim, entre leituras e releituras, gastei as melhores horas deste já finado ano percorrendo páginas que também pudessem me ler, me fazer entender que eu eu sou neste momento.

O melhores livros lidos em 2023 (Hélverton Baiano)

O melhores livros lidos em 2023 (Hélverton Baiano)

Para mim, foi um ano profícuo em leituras, com uma certa desaceleração do final do ano, porque bateu uma preguicinha e vontade de curtir mais outras coisas mais ociosas. No entanto, consegui chegar aos 66 livros lidos, incluídos aí uns dez de poesia, para os quais dispendo menos tempo, e algumas releituras. Atravessei “Os Irmãos Karamázov”, de Fiódor Dostoievski, que é um clássico da literatura mundial, autor de quem já havia experimentado “Crime e Castigo” e “Noites Brancas”.

O melhores livros lidos em 2023 (Isadora Vilela)

O melhores livros lidos em 2023 (Isadora Vilela)

Este foi um ano de poucas leituras. O palpite mais provável, para além das desculpas já engatilhadas, “teve mudança, correria de mãe, de trabalho e a vida acontecendo a mil por hora”, é que enveredei por gêneros literários que me exigiram um ritmo mais lento: não ficção e poesia. Ambos, somam mais da metade das leituras de 2023. Mas houve de tudo. De romance ganhador do Jabuti 2022 a graphic novel protagonizada por um cão. Também teve um desonroso ato falho: a meta de ler mais clássicos não se concretizou.

O melhores livros lidos em 2023 (Edson Aran)

O melhores livros lidos em 2023 (Edson Aran)

Passei boa parte do ano escrevendo meu novo romance (um épico de proporções machadianas, aguarde!) e terminando as ilustrações do meu primeiro livro infantil (uma história sobre a importância da imaginação, aguarde!). Mas não renunciei às leituras, claro, que sempre são uma maneira de escapar à realidade e controlar a ansiedade. As escolhas dos livros refletem esse estado de espírito. Ignorei o hype e a lista de best-sellers, como convém.  Busquei os lançamentos, mas também resgatei obras esquecidas nos sebos e na minha própria estante.