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Direto da linha vermelha

Direto da linha vermelha

Alô, ouvintes, estamos aqui, ao vivo com o secretário de segurança. Como o senhor está, Secretário? — Até agora, tudo bem. — Até agora? — É… Porque nesse momento eu estou aqui na Linha Vermelha. Será que você pode falar mais alto, por favor. — Claro, vamos tentar melhorar a qualidade da ligação… — Não, a ligação está boa, mas é que está acontecendo um tiroteio aqui e o barulho dos tiros é muito alto! — Meu Deus! Que situação! O que o senhor tem a dizer para essas pessoas que estão sob fogo cruzado na Linha Vermelha…

Brancura, de Jon Fosse Foto / Tom A. Kolstad

Brancura, de Jon Fosse

Na trama, um homem, movido por razões incertas, inicia uma viagem sem destino definido. Ele se dirige a uma floresta remota, referida no livro como Floresta Negra. Com a chegada da noite, surge uma inesperada nevasca. Desafiando o instinto de buscar abrigo, o homem perdido vaga pela escuridão da floresta, onde encontra uma figura luminosa e enigmática. A partir desse encontro, as alucinações (ou seria a realidade?) se intensificam.

Felicidade ainda que tardia

Felicidade ainda que tardia

Susie estranhou a si mesma. Sentia uma alegria desgraçada — no sentido bom, hiperbólico — desde as primeiras horas da manhã. E olha que o dia estava terrivelmente propício para a prática da neurastenia: o céu cinzento, feioso, quase ninguém nas ruas e uma chuva torrencial que parecia querer penetrar nos ossos. Aos 25, em certa medida, Susie pensava e agia como se tivesse 65. Pelo andar da carruagem, sua alma acabaria sucumbindo mais cedo do que o corpo.

Montevidéu, de Enrique Vila-Matas

Montevidéu, de Enrique Vila-Matas

“Montevidéu” desafia as convenções narrativas, apresentando-se como um anti-romance, um tratado de teoria literária que navega e dissolve fronteiras entre gêneros literários. A trama centraliza-se em um escritor em crise criativa, que viaja para Montevidéu sob o pretexto de participar de um congresso. Contudo, seu verdadeiro objetivo é visitar um quarto de hotel na Ciudad Vieja, imortalizado em um conto de Julio Cortázar e supostamente conectado a outro mundo.