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Meu Nome é Gal: o resgate necessário de um período de nossa história

Meu Nome é Gal: o resgate necessário de um período de nossa história

“Meu Nome É Gal” é limitado e tem muitas falhas, mas funciona como um documento de resgate de uma época excepcional na cultura nacional, representada pela figura imensa que é Gal Costa. O filme, ainda que em menor intensidade, traz a contraparte tenebrosa de uma cultura efervescente: a repressão política da ditadura militar. Ele mostra também, de maneira sutil, através das atitudes de Gal, as ações de um governo ilegítimo que tratava os grandes artistas da época como inimigos.

Um mapa das regiões literárias do Brasil

Um mapa das regiões literárias do Brasil

A divisão geográfica da cultura andou fora de moda por uns tempos. Nas últimas três décadas, a globalização fez muita gente acreditar na falta de importância da nação e de um país na produção artística. A ficção brasileira contemporânea, por exemplo, chegou ao ponto de achar que ela mesma brotava de um não-lugar, um lugar nenhum e sem pátria. Deu com os burros n’água porque a literatura do mundo inteiro valoriza o espaço. A paisagem, a fala local, ainda contam e narram muito.

Como é que vou dizer para a minha mãe que eu a amo?

Como é que vou dizer para a minha mãe que eu a amo?

O centro da cidade sempre reservava surpresas aos transeuntes. Um cara vendendo um rim. Um renal crônico a mendigar no semáforo. Um viciado a pedir um fósforo. Rastros de bosta humana no passeio público. Seres humanos particulares. Um casal de caramelos engatado pelas genitálias. Um pastor com os sovacos suados. Um cossaco a praticar malabares. Lugares inusitados que serviam iguarias incríveis, como era o caso da Lanchonete da Tia Nair.

O filme, ovacionado por dez minutos no Festival de Cinema de Veneza, está no Prime Video Divulgação / Elite Filmes

O filme, ovacionado por dez minutos no Festival de Cinema de Veneza, está no Prime Video

Certos acontecimentos na vida de uma pessoa são tão brutais que a levam a não desejar nada além de uma dose generosa de cianeto. Por sorte, essa não foi a escolha do protagonista de “O Pássaro Pintado”. Baseado no romance homônimo de Jerzy Kosiński (1965), o filme foi lançado em 2019, sob a direção de Václav Marhou, e relata a história de um menino judeu que é enviada por seus pais para a casa de uma tia em um lugar não definido do leste europeu, na esperança de poupá-lo do horror dos campos de concentração.

Olha a ideia velha!

Olha a ideia velha!

Não sei se na sua cidade ou mesmo no seu bairro passa todos os dias uma Kombi que compra ferro velho. Na minha rua passa, todo santo dia, mesmo nos fins de semana. E não passa só uma vez, passa umas quatro vezes com a sua gravação “Compro ferro velho, ar-condicionado velho, geladeira velha, máquina de lavar velha…”.