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Uma carta para Thomas Mann, nos 100 anos de ‘A Montanha Mágica’

Uma carta para Thomas Mann, nos 100 anos de ‘A Montanha Mágica’

A primeira vez que soube de sua existência foi na leitura de uma entrevista de um cantor de rock, um certo Renato Russo. O senhor não teria como conhecê-lo — nem ele, nem o rock. Li a tal entrevista num banco da Praça Cagancha, em Montevidéu. Manhã fria de inverno uruguaio, céu cinzento como sempre, de um dia qualquer do ano de 1990. Havia uma banca de revistas e jornais (local hoje em extinção) que vendia publicações brasileiras, para gente perdida ali como eu.

Senna era melhor do que Piquet

Senna era melhor do que Piquet

Muitas pessoas têm paixão por carros. Outros, por polêmicas. Não é o meu caso. Na adolescência, depois de conseguir a CNH, guardava uma certa simpatia pelo carro da família, que eu lavava e encerava por horas a fio, nas tardes de sábado, na esperança de consegui-lo emprestado do meu velho para dar um role à noite e tentar a sorte com as garotas. Portanto, amava as garotas, não o carro. Os romances costumavam fracassar, mas, definitivamente, isso não era culpa do carro, um charmoso Caravan vermelho-bordô, com câmbio no volante. Então, nunca fui muito ligado em automóveis, a não ser pela necessidade premente de ir e vir — e de trocar o óleo, de vez em quando.

O problema do Esquecimento Global

O problema do Esquecimento Global

O ser humano jogou tanta fumaça pro céu que encheu a atmosfera de carbono e outros gases, e a temperatura ficou cada vez mais alta, levando as reclamações de que o calor está insuportável a um nível inimaginável. No Brasil, o tema “que calor desgraçado!” já faz parte de mais de cinquenta por cento de todas as conversas do dia a dia. O tema “que calor FDP!” já está ganhando de lavada das conversas sobre futebol ou sobre fofocas sobre celebridades.

A bula do crime: o ataque com gás sarin no metrô de Tóquio

A bula do crime: o ataque com gás sarin no metrô de Tóquio

É quase impossível encontrar uma autêntica indiferença pelo fenômeno que chamamos de “seita”. Em geral, a reação das pessoas tende a variar entre o medo, a repulsa e o fascínio. Os membros das religiões organizadas, por exemplo, sempre têm na manga alguma passagem da sua revelação que alerta contra os “falsos profetas”. Já os ateus inclinam-se a colocar as seitas na mesma categoria “acientífica” das religiões (há exceções, já que existem seitas que possuem uma roupagem científica).

A Mercadoria Mais Preciosa — Uma Fábula, de Jean-Claude Grumberg

A Mercadoria Mais Preciosa — Uma Fábula, de Jean-Claude Grumberg

Li “A Mercadoria Mais Preciosa – Uma Fábula”, de Jean-Claude Grumberg. É o livro mais simples, direto e contundente que li esse ano. Apesar das afirmações do autor de que nada ali é verdade, nada além do amor possível e improvável entre humanos, que parece um estranho no cenário da segunda guerra mundial e do extermínio em massa de judeus, o livro é o retrato de uma realidade histórica terrível.