Bula conteúdo

Sala de aula, até mais ver!

Sala de aula, até mais ver!

Em uma infinitude de coisas que fazemos mal, há algumas que fazemos bem. Eu fui muito bem formado para ser professor. No quesito reprodução social, dei checklist nesse aspecto. Minha avó, minha mãe, meu pai, minha tia, meu irmão foram professores, meu pai ainda é. Não fui bom aluno antes do mestrado, mas fui um aluno ligado, e não era um mau aluno. E assim fui me formando. Lia de tudo, mas só agora gosto de ciências naturais.

Gente chata vai pagar mais imposto Freepik

Gente chata vai pagar mais imposto

Tirei uns dias de férias. Escolhi para descanso uma famosa estância hidrotermal localizada perto da cidade onde moro. A ideia era aproveitar o clima ameno dessa época do ano, com temperaturas mínimas atingindo a casa dos 12 graus Celsius, e ficar mergulhado nas relaxantes piscinas de água quente até o corpo ficar murcho que nem maracujá de gaveta. O lugar era incrível, paradisíaco, mas, lamentavelmente, inacessível para a maior parte dos trabalhadores brasileiros. Não restava dúvida de que eu era um cidadão privilegiado.  

Um texto um pouco saudosista Freepik

Um texto um pouco saudosista

Existem várias atividades que eu gostava de fazer, mas não faço mais. Os motivos são vários. Algumas dessas atividades não existem mais, outras não fazem mais sentido, outras foram detonadas pela internet ou pelo advento dos celulares, e várias não faço porque não consigo mais. Então vão aí 5 coisas que eu gostava de fazer, mas não faço mais.

“The eyes, chico. They never lie.”

“The eyes, chico. They never lie.”

Nelson Rodrigues já dizia: “Certas coisas, certas verdades, exigem um canalha para dizê-las”. É por isso que se pode, sem nenhum constrangimento, aprender — e muito — com figuras um tanto questionáveis. É o caso do personagem Tony Montana, vivenciado por Al Pacino em “Scarface” (1983). Numa cena clássica em que o mafioso cubano aparece dirigindo um Cadillac 1963 enquanto conversa com “Manny” Ribera, seu braço direito, ele diz: “The eyes, chico. They never lie”.

Fazendo Deus de trouxa

Fazendo Deus de trouxa

Quando a sua terra natal está sendo violada por invasores, pouco importa se é domingo, feriado ou dia santo. É inútil. Não tem para onde correr e todos os dias são úteis para escapar e se esconder. O medo da morte não tem um só dia de folga. O terror faz hora extra e quem paga é o mais fraco. Quando a cidade cujas ruas você percorreu uma vida inteira está de pernas para o ar, destruída tijolo a tijolo pelo fogo inimigo, o único mister que resta é se enfiar num bunker, numa vala, num buraco e rezar para não ser visto.