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Eles não usam copo Stanley

Eles não usam copo Stanley

Não tenho nada contra os copos térmicos. Nada mesmo. Muito pelo contrário. Acho até que são os melhores do mundo, depois, é claro, dos clássicos copos americanos de vidro canelado, de 190 ml, fartamente utilizados nos botequins que eu frequento. Ando pistola com os copos térmicos. Parece antagônico, mas, eu explico. Na verdade, ando implicado com usuários de copos térmicos. E eles estão por todas as partes. Nos bares. Nos regabofes. Nas despedidas de solteiro. Nos funerais. Nos bailes de formatura. Nos batizados. Nos cabarés.

Nos 100 anos de Bloomsday, pergunte-se: para que ler Ulysses, de James Joyce?

Nos 100 anos de Bloomsday, pergunte-se: para que ler Ulysses, de James Joyce?

O Bloomsday é uma celebração literária anual que homenageia o icônico escritor irlandês James Joyce e sua obra-prima, “Ulysses”. Comemorado em 16 de junho, a data marca o dia em que a ação do romance ocorre, em 1904, seguindo as aventuras de Leopold Bloom pelas ruas de Dublin. Este evento não apenas atrai entusiastas da literatura, mas também se destaca como o único feriado literário do mundo, sendo particularmente especial em Dublin. Desde os anos 1950, o Bloomsday evoluiu para uma festividade global, reunindo fãs de Joyce que participam de leituras públicas, passeios guiados e diversas atividades culturais.

5 motivos para ler Machado de Assis

5 motivos para ler Machado de Assis

Qualquer pessoa que, na escola, tenha prestado um pouquinho de atenção nas aulas de literatura brasileira sabe que Machado de Assis foi o nosso maior escritor. É um clichê e, como todo clichê, perde seu poder de convencimento de tão repetido. Pior que, obrigado a encarar “Dom Casmurro” ou “Esaú e Jacó” para se dar bem na prova, nosso estudante desiste nas primeiras páginas, invoca-se com a linguagem que julga difícil e parte logo para um resumo de internet. 

Euclides da Cunha atira, erra e morre. Anos depois, seu filho tenta vingança e também é morto

Euclides da Cunha atira, erra e morre. Anos depois, seu filho tenta vingança e também é morto

Euclides era rei, Dilermando, pequenino peão. No tumulto do drama tecido pela fatalidade, o rei enlouqueceu e forçou o peão a matá-lo. Um regicídio! A sociedade sofreu o mais profundo dos abalos porque Euclides não era apenas por direito de nascimento, coisa medíocre: era um grande rei por merecimento, coisa grande. E todas as fulminações choveram sobre a cabeça do peão que teve de matar o rei. E a vida desse peão passou a ser um inenarrável martírio.

Pio Vargas: modernidade e tradição

Pio Vargas: modernidade e tradição

A poesia de Pio Vargas é uma expressão genuína daquilo que Charles Baudelaire introduziu no ocidente: a temática, o modus operandi da construção poética da modernidade. O questionamento a respeito do comportamento do homem em um mundo no qual os valores são flutuantes, as realidades e convicções permanentemente mutantes, colocam-nos diante de um fazer poético que aparece mais como uma fotografia do que como uma pintura.