Cada um aproveitava o ócio da forma que lhe convinha. Eu tinha tomado meia garrafa de vinho. Pensamentos acelerados. Enquanto matava o tempo exterminando mosquitos-de-banana, conclui que havia cometido incontáveis erros de avaliação ao longo da vida. Deslizes mesmo. Dei um milhão de ratas.
Arrisco dizer que, desde o primeiro momento em que se tornou ciente de sua finitude, o ser humano procura fórmulas para vencê-la. A ciência tem conseguido prorrogar o tempo de vida, burlar vez ou outra as mazelas que nos aniquilam, desenvolver medicamentos, pesquisas, equipamentos que estendem nossa jornada. Mas seguimos presos à cláusula pétrea da existência, que determina que a morte não é negociável.
Para contar bem uma história é preciso maestria e também muita mentira. A literatura exige que o contista seja um bom contador de estórias e histórias, mas também, e para alguns essencialmente, que a linguagem tenha prevalência. Solemar Oliveira se esmera nesses dois critérios em “As Casas do Sul e do Norte”, livro de contos ganhador da Bolsa de Publicação Hugo de Carvalho Ramos, o mais antigo prêmio literário brasileiro.
Jiro Takahashi, um dos nomes mais influentes do mercado editorial brasileiro, é o responsável por moldar a leitura de várias gerações com suas coleções icônicas, como “Vaga-Lume” e “Para Gostar de Ler”. Sua trajetória é marcada por uma profunda dedicação ao ofício de editor, aproximando autores e leitores de maneira única. Nesta entrevista, Takahashi compartilha suas experiências, desde o início de sua carreira até suas interações com grandes nomes da literatura, revelando os bastidores de suas obras mais memoráveis.
Shakespeare, o dramaturgo que escreveu para o palco e não para o papel, tornou-se o maior gênio da literatura mundial sem jamais ter planejado isso. Sua ausência de pretensão literária lhe concedeu uma liberdade criativa inigualável, resultando em obras que capturam a essência da condição humana e continuam a ressoar ao longo dos séculos.
