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Comendo pelas beiradas a melancolia

Comendo pelas beiradas a melancolia

Adoçar o dia de alguém faz parte do conjunto de esforços pessoais para tornar a vida um pouco mais palatável. Ando prolixo e repetitivo também. Nos textos que escrevo. Nas resenhas em família. Nas piadas com final já conhecido. Nas desculpas de sempre para procrastinar. Eu me amarro numa postergação. Se for adiar a solução de algum problema, por favor, me chame e vamos então tomar um café.

On the Road, de Jack Kerouac: a estrada que deu voz a uma geração

On the Road, de Jack Kerouac: a estrada que deu voz a uma geração

A literatura muitas vezes nos leva a explorar a liberdade e o vazio em um contínuo movimento. Em histórias de jornada, o ato de viajar vai além do deslocamento físico, transformando-se em uma busca por significado, por pertencimento e pela própria essência. Ao traçar rotas imprevisíveis, personagens errantes revelam as contradições humanas, confrontando-se com o desamparo e a transcendência. O caminho, marcado pelo paradoxo entre o lugar e o “não-lugar”, é uma metáfora da existência, onde cada passo é uma tentativa de encontrar-se e perder-se.

A Vila que Noel Rosa imortalizou

A Vila que Noel Rosa imortalizou

Noel Rosa, com seu violão e sua verve única, eternizou a Vila Isabel como o berço de sambas que traduzem o Brasil. Entre o humor e a melancolia, a boemia e as críticas à sociedade, suas letras ecoam até hoje, carregadas de lirismo e rebeldia. Marcado pela vida breve e intensa, o Poeta da Vila transformou seu próprio destino em música. Do romantismo a disputas, ele desenhou em versos o cotidiano carioca. Este texto revisita a vida e a obra de Noel, um gênio que fez do samba sua voz e do amor à sua cidade, seu estandarte.

A Náusea: a arte como refúgio existencial em Jean-Paul Sartre

A Náusea: a arte como refúgio existencial em Jean-Paul Sartre

A literatura tem o poder de transformar nossas angústias em arte, dando forma ao que muitas vezes é difícil de expressar. Para alguns autores, ela se torna um refúgio existencial, um espaço onde questionamentos sobre a condição humana podem emergir de forma crua e poética. A escrita possibilita explorar os dilemas da liberdade, do vazio e da necessidade de encontrar um propósito, mesmo em meio ao absurdo. Esse processo de criação não é apenas estético, mas uma tentativa de ressignificar a própria existência, dando sentido ao que, em sua essência, parece carecer de significado.

É crédito ou débito?

É crédito ou débito?

Você já passou pelo constrangimento de pagar a conta no restaurante e, na hora de escolher entre crédito e débito, se confundiu? As palavras são tão semelhantes que até os garçons acabam errando, criando um cenário perfeito para enganos. Quem pensou nesse sistema provavelmente vive numa realidade bem distante do nosso cotidiano, onde confusões entre cré e dé são comuns. Talvez seja hora de propor alternativas mais criativas e evitar essa armadilha.