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O deserto dos Tártaros, de Dino Buzzati: a ilusão do tempo e a tragédia da espera

O deserto dos Tártaros, de Dino Buzzati: a ilusão do tempo e a tragédia da espera

Este romance apresenta uma reflexão profunda sobre a condição humana, explorando o vazio existencial e a passagem do tempo. A trama acompanha um protagonista que, tomado por expectativas grandiosas, dedica sua vida a uma espera que nunca se concretiza. Ambientado em um cenário desolador, o livro oferece uma atmosfera densa e introspectiva, onde a rotina e a solidão tornam-se companheiras inevitáveis. Com um estilo marcante, o autor constrói uma narrativa rica em imagens e metáforas, levando o leitor a questionar a própria busca por sentido.

Para que servem os influenciadores?

Para que servem os influenciadores?

Os influenciadores estão em todo lugar, invadindo as telas, os outdoors e, principalmente, nosso cotidiano. Eles moldam tendências, ditam comportamentos e, paradoxalmente, nos fazem rir e refletir. Mas o que define um influenciador? É a quantidade de seguidores, a habilidade de engajar ou a originalidade da mensagem? O dilema vai além das redes: hoje, ações inusitadas se multiplicam nas ruas para alimentar o frenesi online. A audiência parece ter se tornado a medida de relevância, transformando a vida em um palco constante, onde a busca por visibilidade digital muitas vezes ofusca a experiência da vida real.

Cupim, de Layla Martínez

Cupim, de Layla Martínez

A narrativa é imersiva, envolvendo o leitor em uma casa que carrega memórias, traumas e histórias não resolvidas, onde as gerações de mulheres lutam para sobreviver em um espaço impregnado de herança cultural e opressões sutis. A casa, mais do que um cenário, é uma personagem viva e pulsante, receptáculo de medos e desejos reprimidos. Martínez explora a tradição mística e os confrontos de gerações com uma sensibilidade que nos prende até o último parágrafo.

Se você é feito de música, este texto é pra você

Se você é feito de música, este texto é pra você

Às vezes, no silêncio da noite, fico pensando: que graça teria a vida sem música? Sem ela, não há cor, nem leveza. Nos dias de festa ou nas madrugadas de pranto, o que seria de nós sem as canções que pintam o cotidiano? Quem nunca curou uma dor dançando ou finalizou um dia ruim ouvindo aquele clássico do sertanejo? Sejamos sinceros: mesmo quem critica o funk já fechou a noite se rendendo ao ritmo. Raul tinha razão, é melhor ser uma metamorfose ambulante do que manter sempre a mesma opinião.

A gente ia fazer um país nos anos 1980

A gente ia fazer um país nos anos 1980

No mês de outubro, o poeta e filósofo Antonio Cicero tomou a decisão de ter uma morte assistida, optando por não enfrentar a deterioração de sua memória causada pelo Alzheimer. A escolha chocou muitos, mas, para outros, foi um gesto de coerência com sua trajetória de vida, marcada pela defesa da razão. Coincidentemente, semanas antes, uma de suas letras mais famosas batizava uma exposição retrospectiva dos anos 1980. Em seu depoimento no livro “A Poesia e a Crítica”, Cicero descreve o processo que o moldou como escritor, reafirmando sua consciência sobre os fios que teciam sua vida.